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Novo conceito de administrar aeroportos chega ao Santos Dumont

Com o novo complexo de entretenimento, turismo, comércio, negócios, hospedagem e bem-estar, a ideia é integrar o terminal, às margens da Baía de Guanabara, à cena cultural, de compras, turismo e de lazer do Rio de Janeiro

Às margens da Baía de Guanabara, com vista para o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, no centro do Rio de Janeiro, toma forma um grande centro de entretenimento, lazer, comércio, turismo, negócios e convivência. Com mais de 35 mil m2 de área construída, o complexo dá vida a um conceito inédito no País, combinando um shopping, um centro de convenções e um hotel interligados a um aeroporto. O projeto pretende colocar o Santos Dumont na agenda cultural, de compras e de negócios do Rio. A partir de abril, este novo espaço de convivência vai estar integrado a mais de 30 endereços da cidade pelo VLT Carioca (Veículo Leve Sobre Trilhos).

?O complexo não veio apenas para complementar, mas para agregar valor ao Santos Dumont. Seja pelo visual do hotel à beira da Baía de Guanabara, pelo astral do terraço, pela versatilidade de se hospedar dentro do aeroporto, pela facilidade de compras e gastronomia na porta da sua hospedagem ou pela possibilidade de marcar reuniões e fechar negócios ali mesmo?, afirma Fernando Ruivo, gerente-geral do complexo multiuso, afirmando que embora o projeto esteja apenas começando, já dá outro papel social ao aeroporto, transformando-o em um ?oásis de facilidades ao passageiro?.

O ministro da Aviação, Guilherme Ramalho, afirma que a expansão comercial do Santos Dumont faz parte do novo conceito utilizado pela Infraero na administração de sua rede de 60 aeroportos. ?Os aeroportos são hoje grandes centros de convivência e de gestão de negócios no mundo todo. O aeroporto precisa reunir alternativas de alimentação, compras, hospedagem, negócios e diversas facilidades e serviços. O grande objetivo de criar aeroportos mais modernos é ter passageiros mais satisfeitos?, afirma. 

A expansão da área comercial do Santos Dumont foi promovida por meio de uma concessão com duração de 25 anos. ?A união de esforços do governo e empresas privadas tem se mostrado altamente vitoriosa nos aeroportos, seja por meio da concessão das operações aeroportuárias ? como é o caso do Galeão ?, seja por meio de parcerias público-privadas, como é o caso da área comercial do Santos Dumont?, analisa Ramalho.

No início de março, a MP que ampliou para 49% o capital estrangeiro nas companhias aéreas deu às empresas que investem nos aeroportos da Infraero a segurança jurídica necessária aos seus investimentos. Seu artigo 2º permitiu que a União celebre contratos de exploração de aeroportos, por meio de subsidiárias. Essas subsidiárias da Infraero serão específicas para administrar aeroportos como Santos Dumont, Congonhas, Recife, Curitiba, ou qualquer outro dos 56 terminais da empresa. A medida coloca a Infraero no mesmo patamar regulatório dos aeroportos concedidos à iniciativa privada, estabelecendo obrigações, definindo indicadores de performance e também possibilitando que busque sócios e parceiros comerciais de longo prazo.

CASE DE REFERÊNCIA ? De acordo com o ministro da Aviação, Guilherme Ramalho, o modelo de investimento e exploração comercial escolhido para o Santos Dumont servirá de referência para parcerias comerciais e aumento da oferta de serviços de outros aeroportos sob administração da Infraero. ?Acabamos de reproduzir esse modelo no terminal de Goiânia, com a concessão de uma grande área para comércio. Congonhas também vai viver uma nova fase em breve?, confirmou em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

O governo federal dará continuidade também à política de concessões das operações aeroportuárias em grandes terminais do País. ?Isso estimula a concorrência entre operadores e a própria Infraero, o que renova o setor como um todo?, defende.

CONGONHAS, O PRÓXIMO ? Assim como o Santos Dumont, ?Congonhas (SP) tem uma vocação natural para se consolidar como centro de convivência e gestão de negócios?, afirma o ministro. ?São aeroportos localizados em regiões centrais de grandes cidades do Brasil, com grande tráfego de pessoas ? e pessoas com pouco tempo disponível. Então, quando elas têm condições de unir no ambiente do aeroporto a sua necessidade de alimentação, repouso e compras, isso facilita muito a vida dessas pessoas e adiciona valor à sua experiência no terminal?, analisa.

Nos últimos dez anos, os aeroportos brasileiros registraram um incremento médio anual de 10% na movimentação, o que, segundo Ramalho, ?mostra a força do setor aéreo e a crença na economia brasileira. As perspectivas apontam para crescimento forte e sustentado nas próximas décadas?.

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