Primeiro beacon totalmente nacional está sendo desenvolvido em Campinas
O dispositivo, em desenvolvimento pela Unidade EMBRAPII CPqD e pela Taggen, tem previsão de lançamento em setembro
“Será uma grande conquista para o país” afirma Mário Prado, diretor de tecnologia da Taggen. “As vantagens são enormes, como o custo mais acessível, até 50% menor que o do importado, e a comunicação via protocolo aberto, padrão Bluetooth”. O objetivo, segundo ele, é desenvolver uma plataforma de serviços utilizando a tecnologia de beacons.
Desenvolvidos em Campinas, os beacons sairão de fábrica com a homologação da Anatel. Inicialmente, emitirão dados que permitirão a criação de aplicações de rastreabilidade, com foco principalmente nas áreas de logística e marketing. Na etapa seguinte os dispositivos já serão integrados a sensores, de modo que, junto com a identificação, possam transmitir mais algum tipo de informação, por exemplo, de temperatura, velocidade, pressão, altitude e luminosidade - o que vai ampliar o leque de aplicações.
Os beacons utilizam a tecnologia Bluetooth Low Energy para detectar a proximidade de outros dispositivos (também Bluetooth) e transmitir um número identificador único. “A comunicação com smartphones, por exemplo, abre a possibilidade de inúmeras aplicações para essa tecnologia, que é uma das habilitadoras do conceito de Internet das Coisas (IoT)”, enfatiza Alberto Pacifico, da Gerência de Desenvolvimento de Dispositivos e Sensores do CPqD.
Além da produção dos beacons, que já possuem uma enorme demanda reprimida no país, a Unidade EMBRAPII CPqD e a Taggen oferecerão suporte técnico e tecnológico às empresas brasileiras, tanto em software quanto em serviços, para os mais diversos bens e produtos. “Tudo isso ainda é muito novo", explica Werter Padilha, diretor de estratégia da Taggen. "Por isso, é fundamental oferecermos todo o suporte necessário para quem tiver interesse em avançar rapidamente na direção de IoT, a começar com os beacons.”
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