Seguros minimizam os impactos financeiros decorrentes da quebra de safra
Diante à imprevisibilidade climática, alguns tipos de apólices podem oferecer mais tranquilidade à produção agrícola
Apesar dos avanços tecnológicos observados na atividade agrícola nos últimos anos, existem fatores que podem comprometer a produção nas lavouras brasileiras, especialmente quando se fala em riscos climáticos. Nesse sentido, a aquisição rural é imprescindível para o sucesso do produtor.
"O seguro rural tem o papel de proteger o capital que o produtor investiu, possibilitando o desenvolvimento de novas tecnologias na aquisição de equipamentos, produção ou aumento de produtividade", afirma Alvaro Dabus, Diretor-Executivo da AD Corretora de Seguros.
Para o executivo, o clima é um fator de grande preocupação para o desempenho das lavouras. Exemplo disso foi o excesso de chuvas que atingiram o Mato Grosso do Sul nos últimos anos, onde os produtores do Estado tiveram quebra de 30% na soja. E esse risco climático não fica restrito somente ao Brasil. Ele lembra que em 2010, a Rússia teve 40% de quebra decorrente de seca. Na Argentina, em 2009, o índice chegou a 35%. Na Austrália as enchentes de 2010 resultaram em 40% de quebra de safra. "O setor de seguros apresenta soluções inovadoras que podem ajudar a minimizar os impactos financeiros de quebra de safra", ressalta Dabus.
Números do setor
Em dez anos, o Brasil ofertou 617 mil apólices de seguro rural para 137 mil produtores, com um capital de R$ 85,5 bilhões. A cobertura da área protegida chega a 52,3 bilhões de hectares, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Apesar dos números expressivos, Alvaro Dabus, Diretor-Executivo da AD Corretora de Seguros, acredita que o produtor brasileiro ainda não adquiriu a cultura de fazer aquisição de apólices quando comparado com produtores de outros países. Os Estados Unidos, por exemplo, é o maior mercado de seguro rural do mundo. Nas lavouras norte-americanas, de 80% a 90% da área agrícola conta com essa proteção. Já no Brasil, esse percentual é de apenas 6%.
Expectativa
De acordo com Dabus, o segundo semestre para o setor de seguros agrícolas tem uam boa perspectiva, pois, "em época de escassez de recursos, novas formas de mitigação de riscos como Seguros de Índices Climáticos e Seguro Ambiental passam a ter um papel relevante, na medida que os prejuízos decorrentes de secas, estiagens e acidentes ambientais passam a ser riscos possíveis de cobertura por seguro", destaca.
GAF 2016
Para falar mais sobre seguros ambientais, seguro agrícola, danos ao meio ambiente, riscos na lavoura e como mitigá-los, Alvaro Dabus, Diretor-Executivo da AD Corretora de Seguros, será um dos palestrantes do Global Agribusiness Forum 2016, compondo o painel 'Financiamento e Serviços'. Para mais informações, acesse: www.globalagribusinessforum.com
Fontes: DATAGRO | Infomoney
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