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De olho no futuro das redes

A metodologia DevOps nos oferece uma visão sobre a tão esperada mudança na forma como os serviços de redes são criados e customizados.


Por Hector Silva, diretor de tecnologia em vendas estratégicas da Ciena para a América Latina

São Paulo, 28 de julho de 2016 – Para qualquer um que tenha dedicado tempo ao historicamente entediante, burocrático e dispendioso processo de planejamento e criação de serviços para um provedor Tier-1, os recentes avanços do setor relacionados à chegada (finalmente!) de um método de programação self-service utilizando DevOps devem ser como encontrar um copo de água gelada em um deserto árido.

Apesar de nossa realidade no momento estar pautada em serviços sob demanda, grande crescimento de conteúdo, adoção da nuvem e velocidade ultrarrápida, a antiga prática de introduzir novos serviços de rede de forma engessada, lenta e operacionalmente ineficiente ainda persiste, trazendo atrasos à evolução e exigindo até centenas de milhões de dólares por ano em serviços profissionais de fornecedores OSS/BSS. Nada representa mais obstáculos ao crescimento de uma empresa quanto a inflexibilidade de processos de negócios gerenciados por terceiros e, infelizmente, essa é a descrição exata dos serviços de rede tradicionais.

Muitas pessoas de fora do setor de tecnologia se surpreenderiam ao saber que esses processos geralmente levam de um a dois anos para serem concluídos. Dois anos para lançar um novo serviço de rede? Pense em tudo o que pode mudar nesse período de tempo – talvez a solução já tenha se tornado obsoleta no momento em que finalmente for disponibilizada ao mercado.

A metodologia DevOps, permite que os provedores de serviço reduzam sua dependência de serviços profissionais terceirizados quando estiverem realizando implementações de SDN e NFV. Os provedores de serviço agora têm a opção de realizar mais atividades internamente, se assim desejarem.

Mas o que exatamente é DevOps?
DevOps representa o valor da colaboração entre recursos de desenvolvimento de TI e a equipe de operações em todos os estágios do ciclo de vida de desenvolvimento de software para a criação e a operação de um serviço. É algo totalmente diferente do que conhecemos até agora, quando havia separações rígidas entre as responsabilidades das equipes de TI e de operações.

Nesse novo mundo sob demanda e definido por software, os provedores de serviço tornaram-se mais ágeis e conseguem gerenciar suas redes físicas e virtualizadas, bem como os dispositivos e os serviços que oferecem, quase em tempo real. Eles querem passar rapidamente da fase de concepção para a de receita. E isso é possível não só pelas ferramentas de software que escolhem, como também por suas capacidades de usar uma metodologia DevOps para maximizar o valor dos sistemas.

Abordagens contrastantes
As aplicações on-demand, a nuvem, a distribuição de conteúdo, as redes 5G e a Internet das Coisas estão mudando drasticamente a maneira como as redes precisam operar. A era das redes e dos softwares estáticos chegou ao fim. Para manter uma vantagem sustentável em escala web e na economia sob demanda, os provedores de serviço estão aprendendo a inovar e a reagir mais rapidamente às ameaças da concorrência.

Uma ferramenta importante na transformação de seus negócios são as tecnologias de SDN e software de virtualização de redes concebidas para orquestrar, automatizar, padronizar e agilizar a criação e o fornecimento de serviços em redes de múltiplos fornecedores, tanto físicas como virtuais. Mas esse novo conjunto de ferramentas de software abertos e programáveis é inútil sem um novo método ágil de desenvolvimento. E é aí que entra DevOps.

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