Vendas no varejo devem cair menos ao longo dos próximos meses
Para SPC Brasil, recuperação nas vendas só deve ocorrer com consolidação dos índices de confiança e melhora no mercado de trabalho
“As vendas seguem retraindo em virtude da recessão, mas já se observa uma tendência de quedas cada vez menores na comparação entre os trimestres, o que deve ser visto também ao longo dos próximos meses. No entanto, a recuperação de fato ainda deve levar algum tempo para se concretizar, já que a retomada da confiança, que vem se dando de forma gradual, demora para se refletir na economia na forma de novas contratações e incremento das vendas. O resultado das eleições americanas adiciona ainda alguma incerteza ao cenário, devido ao risco de pressão sobre o câmbio brasileiro e, consequentemente, sobre a inflação”, analisa Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.
Queda generalizada entre os setores
Na comparação entre setembro deste ano com 2015, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,9%, segundo o IBGE. Já na comparação mensal, o volume de vendas no comercio varejista mostrou queda de 1,0%. A queda nas vendas dos segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%) e de móveis e eletrodomésticos (-2,1%) foram as principais contribuições negativas no resultado global do varejo.
Na comparação anual todas as oito atividades do varejo registraram variações negativas de volume de vendas. Por ordem de contribuição, os dois principais destaques foram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,6%) e móveis e eletrodomésticos (-13,4%).
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