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Economistas do Corecon-SP e da OEB estimam espaço para redução de 0,75 pp na taxa Selic

Os Economistas Manuel Enriquez Garcia e Eduardo Velho, respectivamente, Presidente do Conselho Regional de Economia de SP e da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e Diretor de Estudos Técnicos da OEB, estimam espaço para o Bacen acelerar o recuo da taxa básica de juros (Selic) em 0,75 p.p., que será anunciada hoje após reunião do Copom.

Segundo os Economistas, a previsão é fundamentada na desaceleração mais acentuada da inflação e suas projeções (IPCA) de 2017 e da atividade econômica, mas também pela perspectiva das medidas que o governo Temer vem anunciando , além da aprovação da PEC do teto do gasto primário pelo Congresso Nacional, como as reformas estruturais (Previdência, Trabalhista etc) que aprovadas, contribuirão para reduzir a inércia inflacionária, a continuidade da queda dos juros e para a retomada do crescimento econômico.

“O cenário de 2017 será de flexibilização mais intensa da taxa básica de juros, aproveitando a elevação da contribuição deflacionária do hiato do setor real”, diz Eduardo Velho. “Mas também, estimamos o recuo do grau de persistência inflacionária, que tem sido um componente explicativo robusto da dinâmica dos preços. As surpresas inflacionárias para baixo podem reforçar essa postura, pois o Bacen tem afirmado que o ritmo de queda dos juros dependerá das projeções dos modelos e das expectativas de inflação, além dos riscos doméstico e internacional”, completa Manuel Enríquez García, professor doutor da FEA/USP.

Para os Economistas, estimam um IPCA de 4,67% em 2017, mas o IPCA acumulado em 12 meses poderá atingir uma taxa próxima da meta central até o final do primeiro semestre de 2017, com o desvio entre a inflação e a meta praticamente eliminado.

“Avaliamos uma oportunidade para a redefinição para baixo da meta central de inflação de 2018 para 4,0% ou 4,25%. Essa decisão do Conselho Monetário Nacional no final do primeiro semestre de 2017 consolidaria o comprometimento da nova gestão do Bacen com o regime de metas e uma inflação reduzida e sustentável no médio prazo, se aproximando de forma gradual com as taxas verificadas das economias mais desenvolvidas”, concluem os Economistas da OEB e do Corecon-SP.

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