Capital inicial não é mais desculpa para o brasileiro deixar de investir
Com medo e baixo capital, brasileiros continuam apegados a poupança e não se abrem para novas possibilidades de investimento
O especialista em investimento esportivo, que abandonou a carreira como funcionário público e conseguiu transformar sua paixão pelo esporte em fonte de renda, Juliano Fontes conta que essa desculpa do brasileiro de não investir ou só apostar na poupança já pode ser descartada. “Tanto no mercado financeiro quanto no mercado esportivo, o mito de ter grande capital inicial para investir já foi descartado”, ressalta. Ele explica que, embora existam investimentos que exigem alto capital inicial, como CDB e LCI, que exigem investimentos a partir de R$ 5 mil e R$ 30 mil respectivos, com baixo capital inicial também é possível ter um ótimo e rápido retorno financeiro, como por exemplo com o mercado esportivo.
O investimento esportivo, conforme Juliano ensina, ainda é pouco conhecido no Brasil, no entanto tem grande chance de se tornar o investimento do brasileiro, uma vez que é capaz de investir com baixo capital, a partir de R$ 300, e une uma das paixões nacionais do brasileiro: o futebol com fonte de renda. “Para você começar a investir em futebol recomendo o capital inicial de R$ 300,00 a R$ 600,00, e mesmo que tenha mais, o ideal é começar com calma”, reforça. Ele conta que além do futebol, é possível investir em diversos outros esportes, como tênis e vôlei. Esse tipo de investimento consiste basicamente em comprar e vender resultados de jogos, mas não é o mesmo que uma simples aposta, pois exige uma leitura aprofundada do jogo. “Você faz seus investimentos conforme sua análise no resultado mais provável naquele momento, para depois vender aquele investimento quando ele for valorizado dentro dos 90 minutos do jogo”, explica. “A possibilidade de prejuízo é muito menor que na aposta, e com algumas estratégias é possível reduzir os riscos e aumentar o lucro”, ressalta Juliano. Estas operações são realizadas online por meio de sites especializados, conhecidos como bolsa esportiva.
Juliano reforça que se compararmos o investimento esportivo com a Bolsa de Valores, perceberemos que existe grande semelhança. “Enquanto os investidores da Bolsa de Valores compram e vendem ações, os investidores esportivos compram e vendem resultados de jogos”, conta. Porém, o especialista lembra que a variação dos preços das ações está condicionada a vários fatores, como política externa e crises, além de outros fatores fora de alcance, já no investimento esportivo a única variação das cotações é definida pelo jogo. “Ou seja, durante os 90 minutos é possível ter acessos a tudo e você consegue ver com exatidão as variações das cotações, podendo entrar no mercado quando fizer uma melhor leitura do jogo”, explica.
Juliano lembra que, antes de começar com esse investimento, é necessário estudo e pesquisa para não colocar o dinheiro em qualquer lugar. “Antes de começar a investir no seu esporte favorito, recomendo que estude o mercado, pois embora seja mais simples que um investimento na Bolsa de Valores, mesmo assim é necessário estudo”, ressalta. “Garanto que estudar o seu esporte favorito, com um incentivo de renda extra, não será nenhum incômodo, e o investimento pode se tornar um hobby”, destaca.
Outros tipos de investimentos
Além do investimento esportivo, existem outras diversas formas de investimento no mercado financeiro, como o Tesouro Direto, no qual a pessoa faz empréstimos para o governo. “Nesse investimento, o capita inicial também é baixo, porém o retorno financeiro será um pouco mais lento”, explica Juliano.
É importante ressaltar que ambos os investimentos, tanto o esportivo como o Tesouro Direto, possuem maior rentabilidade que a poupança. “Lembre-se: dinheiro faz dinheiro. Coloque-o para trabalhar e multiplicar, depois conforme for acumulando capital, diversifique os investimentos e ganhe cada vez mais”, aconselha Juliano.
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