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Couro: exportações crescem em área, mas setor está alerta para o custo produtivo

As exportações brasileiras de couros e peles em 2017 estão maiores em área do que as registradas em 2016. É o que mostram os números recentemente divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, com análise da Inteligência Comercial do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). De janeiro a abril, foram embarcados 68 milhões de metros quadrados de couro brasileiro para o mundo, uma alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

O recorte exclusivo do mês de abril também registra elevação: 16,2 milhões de metros quadrados exportados, o que representa 1,5% a mais do que em abril de 2016. Os valores, no entanto, não têm acompanhado a alta em área: há decréscimo de 6,2% no acumulado do ano e 8,1% a menos na análise exclusiva do mês de abril. “Este panorama reflete o momento atual do mercado do couro no mundo, com preço médio em queda; no Brasil, este fator ainda é combinado com o câmbio em um patamar não ideal”, avalia Rogério Cunha, da Inteligência Comercial do CICB, destacando o caráter cíclico do setor.

A queda em valores tem potencial ainda maior de decesso se for aprovada a Medida Provisória 774/2017, que extingue a desoneração da folha de pagamento de uma série de setores industriais, incluindo o couro. “Haverá imediato encarecimento do custo produtivo”, informa Cunha. Esse ônus, ressalta, deve ter reflexos não só nas exportações, mas também no mercado interno, geração de emprego e ocupação das plantas.

Com a divulgação do balanço de abril, o Rio Grande do Sul superou São Paulo no ranking dos estados que mais exportam couro no país. Os gaúchos respondem sozinhos por 19,1% das exportações em valores e os paulistas por 18,9%. Em seguida vêm Goiás (15,8%), Paraná (12,1%) e Bahia (7,2%).

Para ver a análise completa das exportações de couros e peles, clique aqui.

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