Inverno 2021: impactos para a cana-de-açúcar
O pesquisador Claudio Lazzarotto apresentou dados sobre o tempo para os participantes do 6º Ciclo de Seminários Agrícolas Cana MS
“Houve prejuízo muito maior nas lavouras de grãos do que na de cana-de-açúcar, mas logicamente faltou água para o desenvolvimento, para o plantio para todos os processos fisiológicos da cana também. A única atividade favorecida foi a colheita, porque essa não parou”, disse.
O La Niña já não é um fenômeno mais preocupante, já passou. ‘Nós tivemos o retorno das chuvas no início de junho que proporcionou condições ambientais melhores para a lavoura.”
No final do ano, meses de novembro, dezembro e janeiro um rápido impacto da La Niña novamente. “Mas isso é muito pequeno, é só uma ressurgência. A gente não precisa se preocupar, sem alteração maior de temperatura e de chuvas”, afirmou Lazzarotto.
A normalidade de chuva que se espera é que chova cerca de 60 mm em julho e cerca de 50 mm em agosto, mas com as chuvas iniciando na segunda quinzena de setembro.
“A análise da temperatura do La Niña nos diz muita coisa” As temperaturas máximas frequentemente acima de 30º C. As temperaturas mínimas, na primavera e verão, mantiveram-se acima dos 20º C. “Isso significa que, apesar de estarmos no La Niña, estávamos em uma normalidade climática para o La Niña”.
Um aspecto positivo é que em abril, maio e junho deste ano houve queda nas temperaturas mínimas. “Isso sinaliza que não deveremos ter julho, agosto e setembro com frio extremo”, disse o pesquisador.
Outra informação que traz tranquilidade, relacionada à temperatura, vem do Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina, onde não haverá frios intensos, o que reduz a chance de chegar o frio extremo no Brasil. Frio dentro da normalidade. “Dependemos da informação da Argentina, porque nossas massas de ar frio passam pela Argentina e Uruguai.”
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