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O mundo pela tela de um computador – você está preparado para o trabalho remoto?

Vanessa Rolon (*)

Foto/Divulgação

Entre as tantas mudanças trazidas pela crise sanitária, segundo a Exame Academy, há uma tendência deste ano que certamente terá desdobramentos no médio e longo prazo: a forma como os gestores devem lidar com o trabalho remoto. A impossibilidade de realização de encontros, reuniões e eventos presenciais fez com que as pessoas tivessem que se acostumar a ver o mundo pela tela de um computador, tendência esta que permanecerá mesmo após a pandemia passar, apontam as pesquisas. Portanto, profissionais com letramento digital, que forem capazes de desenvolver resiliência e de mudar seu mindset, que se voltam para novas possibilidades de arranjos organizacionais, de processos desenvolvidos de forma colaborativa, inclusiva, sustentável e humanizada, esses serão os mais valorizados pelo mercado de trabalho.

Processos organizacionais são desenvolvidos e implantados, cada vez mais, com a participação de especialistas de diferentes partes do mundo. Este cenário abre um leque de possibilidades para os gestores pela oportunidade de interagir com pessoas de diferentes culturas, com hábitos, habilidades e competências diversas. Assim, as organizações têm ganhos incomensuráveis em eficiência e eficácia, uma vez que a diversidade de ideias e pensamentos traz para dentro das empresas a inovação em seus processos, produtos e serviços, com maior agilidade e menores custos de Pesquisa e Desenvolvimento.

Corroborando com tal cenário, o relatório de 2020 do Fórum Econômico Mundial – ao analisar a tendência dos empregos e habilidades do futuro – apresenta a evolução dos empregos desde a Primeira Revolução Industrial até a Quarta Revolução Industrial, trazendo o contexto da recessão causada pela nova doença Covid-19. Atualmente, na quarta revolução industrial, o que vemos é um salto na digitalização do dia-a-dia, uma mudança em grande escala para o trabalho remoto e o comércio eletrônico, evidenciando as transições de empregos em declínio para empregos emergentes. Só reforça o letramento digital como uma habilidade imprescindível para a empregabilidade.

A pesquisa “Futuro do Emprego 2020” (divulgada no relatório do Fórum Econômico Mundial 2020), mostra que 85 milhões de empregos podem ser substituídos em 2025 por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas, considerando que a realocação das tarefas atuais entre homem e máquina já está em movimento. Isso enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir. Portanto, os profissionais estão enfrentando uma transformação generalizada nas práticas de trabalho que agora exigem novos tipos de resiliência e implicam em uma agenda de requalificação. O profissional do futuro deve estrar preparado para interagir com diferentes pessoas, de diferentes lentes culturais, utilizando tecnologias como forma de interação.

E como preparar esse profissional? É preciso que se pense em formas de graduação e pós-graduação onde estudantes, por meio do uso de tecnologias, interajam e construam projetos de forma colaborativa, buscando a sustentabilidade, o bem-estar social e a questão de humanidade para dentro da sala de aula. Portanto, é fundamental que as Instituições de Ensino Superior pensem em um novo formato de sala de aula onde professores e estudantes de diferentes partes do mundo possam interagir. Alguns presencialmente, outros online, mas todos desenvolvendo projetos colaborativos, juntos, e vendo o novo mundo e as infinitas possibilidades que se abrem diante da tela do computador.

(*) Vanessa Rolon é coordenadora do curso de Administração nas modalidades EAD, Presencial, Semipresencial e Telepresencial, e coordenadora do CST em Gestão Estratégica Empresarial do Grupo Educacional UNINTER

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