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Setor de locação revê previsão de compras de veículos para 2021


Victoria Bernardes

Até o final de abril, conforme informações do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), as locadoras que atuam no Brasil haviam emplacado 122.561 veículos

A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) revisou para baixo a previsão de compras de automóveis e comerciais leves a ser feita pelo setor até o final do ano. Do total de 450 mil unidades projetadas em janeiro, a previsão foi revista para compra de no máximo 400 mil veículos em 2021, ainda assim acima dos 360 mil veículos 0 km efetivamente emplacados no decorrer de todo o ano passado.

Até o final de abril, conforme informações do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), as locadoras que atuam no Brasil haviam emplacado 122.561 veículos. Esse total correspondeu a 20,4% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves nacionais (600.014, segundo a Anfavea) realizados nos quatro primeiros meses do ano.

As 122.561 unidades equivalem a um investimento superior a R$ 6,7 bi do setor em veículos novos até abril, tomando R$ 55 mil como o valor médio de cada unidade. No ano passado, as locadoras também emplacaram aproximadamente um a cada cinco automóveis e comerciais leves nacionais comercializados no país (20,6% do total de emplacamentos de 2020).

Parte dos emplacamentos realizados em 2021 ainda é de unidades encomendadas entre outubro e novembro de 2020, "que chegaram às locadoras apenas agora no primeiro quadrimestre", acrescenta o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior. Segundo ele, "atualmente a média de espera pela entrega de veículos novos permanece em pelo menos 120 dias".

Com os emplacamentos feitos no primeiro quadrimestre, a frota total das empresas de locação terminou o mês de abril com um milhão e quatro mil veículos, ante um milhão e sete mil no final do ano passado. O presidente da ABLA entende que esse é um reflexo da dificuldade para a ampliação da frota das locadoras, "em função da reduzida velocidade da produção e os entraves enfrentados pela indústria automotiva", completa Miguel Junior.

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