ETFs: o que saber antes de investir
Investimentos em renda variável
representam uma forma inteligente para melhorar a vida financeira, seja no
curto, médio ou longo prazo. A questão é que muitas pessoas deixam de ingressar
nesse mercado - que oferece riscos mais altos que os da renda fixa - por falta
de informação.
O mercado oferece diferentes opções nessa
classe de aplicações e algumas delas são interessantes mesmo para quem ainda
não conta com muitos recursos disponíveis para investir ou teme maior exposição
ao risco.
Entre essas opções estão os Exchange
Traded Funds (ETFs), em português, fundos de índice, ativos cada vez mais
procurados no mercado devido à oportunidade que oferecem para aplicar em ativos
mais diversificados. De acordo com a B3, o ETF mais que dobrou a movimentação
diária de valores: saltou de R$ 600 milhões em 2019, para R$ 1,46 bilhão em
2020.
O que são ETFs
Tratam-se de fundos de
investimentos em renda variável que aplicam os recursos dos investidores em
diferentes tipos de ativos. Os clientes depositam seus recursos no fundo e a
soma dessas aplicações permite que o fundo faça aplicações em uma carteira
teórica de produtos da Bolsa. Essa carteira, na prática, replica os índices da
B3.
O ETF é atrelado a um índice, como o
Ibovespa, por exemplo. Dessa forma, o lucro do investidor advém da valorização
dos papéis ao longo do período em que a aplicação estiver rendendo. Por isso, é
preciso conhecer a rentabilidade dos índices e a composição do ETF em que
deseja investir.
Para qual perfil de investidor ETFs são
indicados
É importante que antes aplicar o seu
dinheiro em qualquer solução, o investidor faça uma análise detalhada de seu
perfil. Assim é possível estabelecer metas e encontrar ativos no mercado de
acordo com seu potencial.
Por isso, o cliente deve ter atenção na
hora de investir em
fundos de índice. Apesar de o acesso ao produto ser simplificado - basta
abrir uma conta em uma corretora de valores, ETFs são um produto de renda
variável, o que quer dizer que é preciso ter cautela para manejar os
riscos.
Via de regra, esse tipo de investimento
é indicado para quem apresenta perfil moderado, ou seja, alguém que tem certa
tolerância às flutuações da Bolsa de Valores.
Investir com segurança em renda variável
exige certo grau de entendimento a respeito de questões como a volatilidade do
mercado acionário, as flutuações monetárias, juros e inflação.
Em geral, investidores que já contam com
uma reserva de emergência e começam a procurar soluções um pouco mais arrojadas
em relação a ativos de renda fixa como o Tesouro Direto e o CDB, mas não
pretendem ainda ingressar no mercado de ações são um bom público para os
ETFs.
Cuidados para maximizar os lucros
Existem alguns pontos que exigem maior
atenção em relação aos ETFs. O primeiro é que existe a incidência de 15% sobre
os ganhos de capital com este produto. Isso quer dizer que o valor do
rendimento será impactado pelo Imposto de Renda, como geralmente ocorre com aplicações
envolvendo renda variável. Assim, cabe ao investidor gerar um
DARF para seus ganhos de capital com ETF e usar este documento para fazer o
cálculo do custo de acordo com a alíquota do imposto.
Além disso, entre as características dos
ETFs está o fato de que, se tornando cotista de um fundo, o investidor não
detém os mesmos direitos de quem compra uma ação para ser sócio de uma empresa.
É por isso que os dividendos não são necessariamente repassados para os
cotistas, podendo ser também reinvestidos na busca por melhores resultados para
o fundo. Por isso é necessário analisar cuidadosamente as características de
cada produto.
Por fim, cada ETF apresenta suas próprias
características e elas devem estar descritas no documento onde as informações
sobre o fundo são apontadas. Por se tratar de um fundo com gestão passiva, não
existe um responsável por tomar as decisões a respeito de onde os recursos
serão investidos, mas sim um índice a ser tomado como referência.
Dessa forma, ETFs apresentam taxas de
administração mais atrativas do que as dos demais fundos presentes no mercado,
que contam com gestores remunerados.
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