HaaS, tendência que aponta para um novo modelo de TI
HaaS,
tendência que aponta para um novo modelo de TI
- Por
Cristiano Herbert - CEO da Office Total
“Software
é mais importante que hardware”, já disse Bill Gates, ao que Steve Jobs recitou
anos depois: “Pessoas que realmente levam software a sério devem fazer seu
próprio hardware”. Quem estava certo? Bom, se 2 gênios reescrevem a história da
tecnologia enquanto polarizam numa batalha épica, talvez a resposta real não
seja assim tão importante. Sentindo os efeitos na própria pele ou ao seu redor,
para gestores mais concentrados nos negócios, a tendência de mercado aponta
para o HaaS – Hardware as a Service como uma solução mais adequada, que inibe
custos pesados de aquisição de hardware, implementações complexas, suporte e
gerenciamento do ciclo de vida das máquinas, que exige principalmente tempo das
equipes que deveriam estar focadas em projetos de negócios, sempre de olho no
cliente.
Tampouco
me parece falta de ação para direcionamento no caminho do HaaS: os orçamentos
de TI não param de crescer, ano-a-ano (figura 1). A explicação que resta
então é falta de conhecimento: muitos sabem da necessidade, estão dispostos a
investir, mas não sabem como (curiosamente, a maior parte dos gastos de TI nas
empresas está em “Outros” - figura 2).
Empresas
com uma infraestrutura
de TI considerada ideal são sólidas e estão preparadas para
atender as demandas do mercado, bem como para acompanhar as tendências. Por
isso, é fundamental concentrar os esforços no core business do negócio e
direcionar a infraestrutura para especialistas, que contam com soluções,
tecnologia e um time altamente capacitado para de fato colocar a mão na graxa,
se preciso, a qualquer hora e lugar. Não combina com os tempos atuais o antigo
modelo de TI, que obriga os gestores a desviar a sua atenção de projetos de
clientes para problemas e demandas internas.
FIGURA 01
FIGURA 02
A
evolução da internet tem contribuído para o surgimento de novos modelos de
negócios, que se adequam de forma crescente às novas práticas econômicas, além
de situações que fogem do tradicional, como a pandemia da Covid-19, que da
noite para o dia deslocou milhares de trabalhadores da empresa para o ambiente home
office. As empresas, pressionadas pela queda na economia, encontraram no
HaaS – Hardware as a Service, um modelo que permitiu a contratação rápida de
recursos físicos de hardware sob o modelo de contratação de serviços para
manter a continuidade dos negócios, de forma simples, flexível e sem a
necessidade de aquisição ou mobilização de ativos.
O
Hardware as a Service (HaaS), é um modelo de negócio que surge como uma
tendência promissora, afinal, dispensam os grandes departamentos de TI,
normalmente dedicados ao suporte interno de hardware e atualizações de
software, para concentração absoluta em projetos de negócios.
Contar
com uma equipe dedicada ao desenvolvimento e produção de negócios que geram lucro
para a empresa, na ponta do lápis representa um ganho exponencial. O Haas
entrega essa realidade, pois permite às organizações acesso aos recursos
tecnológicos de equipamentos por meio da locação atrelada a um amplo portfólio
de serviços que abrange suporte, manutenção, monitoramento, backup e
armazenamento em nuvem e atualização de softwares contribuindo para um setor de
TI mais estratégico. O pagamento da locação é feito por meio de mensalidades,
sem a necessidade de arcar com valores adicionais e funciona como um
facilitador para que as organizações possam contar com tecnologias mais
modernas para suas atividades internas, nos mais diferentes níveis. A
contratação é através de um contrato com pagamentos mensais tornando-se despesa
operacional (OPEX).
Para
negócios que precisam de um aumento pontual de recursos internamente, o modelo
de negócios HaaS resolve a questão de forma simples e ágil, sem a necessidade
também de contratação de instaladores ou de colaboradores para realizar a
prospecção de compra. Já para negócios em expansão, é possível planejar e
programar o crescimento com aquisição de equipamentos de acordo com a demanda
do negócio.
Outro
ponto relacionado é a escalabilidade, que diz respeito à modernização do
inventário de TI, por exemplo, assim as empresas não sofrem com a
obsolescência, já que podem contar com substituições para as tecnologias mais
recentes.
Na
prática
O HaaS é
diferente do modelo de locação
de equipamentos, pois está atrelado a serviços como manutenção, suporte e
descarte ecológico, além de permitir que o cliente concentre seus esforços no
core business do negócio e dispense investimentos de alto volume financeiro na
compra de ativos, que podem se tornar obsoletos no futuro, sem contar que o
parceiro literalmente é quem vai colocar a mão na graxa, em contratos previstos
de acordo com SLA, a qualquer tempo, hora e lugar.
Perfil: Cristiano Herbert - CEO da Office Total
Executivo
de negócios e empreendedor, entusiasta de tecnologia e apaixonado por pessoas e
gestão. Atualmente é CEO da Office Total, uma empresa de portfólio de
private equity, alavancou a empresa para ser líder no setor
Diretor
Executivo da Centauro, desde o investimento em private equity até o IPO, atuou
em 5 funções diferentes. É empreendedor da Rocket Internet, cofundador de 3
empresas diferentes e co-CEO da Tricae (GFG's agora). Consultor de negócios na
Booz Allen e A.T. Kearney e apoiou 15 empresas para remodelar suas estratégias
Iniciou
sua trajetória como um estudante do ensino público graduado na classe de
Engenharia de Computação do ITA (1% dos alunos brasileiros (ENADE) e 1% dos
candidatos ao MBA (GMAT / TOEFL)).
Nenhum comentário