Vídeo do Tik Tok viraliza ensinando forma errada de como higienizar o nariz
Pesquisa da Xlear aponta que nariz é a parte mais importante do corpo para evitar doenças
Um vídeo que viralizou no Tik Tok com mais de 80 milhões de visualizações e 9,5 milhões de curtidas que mostra supostamente como higienizar o nariz com dois dentes de alho crus encaixados em cada uma das narinas, mostra o perigo de buscar informações sobre saúde nas redes sociais.
Uma pesquisa feita em fevereiro de 2021 com a participação de 2.040 jovens (entre 23 e 39 anos) pela Harmony Healthcare IT mostrou que 83% dos participantes afirmaram que, mesmo após receberem orientação médica e o diagnóstico clínico, ainda buscam por conta própria esclarecimentos na internet. Destes, 42% dizem confiar mais em suas pesquisas do que em pareceres médicos.
Apesar de especialistas não indicarem colocar alho no nariz para realizar a higiene do local, lavar a região pode ser benéfico para prevenir infecções. Contudo, não é o que a maioria dos brasileiros acha: cerca de 87,5% desconhece que o nariz é a parte mais importante do corpo para evitar doenças. Foi o que mostrou uma pesquisa feita pelas empresas Toluna Insights e Xlear.
Os dados destacaram, ainda, que a população brasileira prioriza lavar as mãos (50%), lavar o corpo (mais de 15%) e tratar feridas (15%) quando se trata de hábitos de higiene. Mas negligencia o nariz — apenas 18,75% das pessoas lavam a região uma vez ao dia.
Especialistas afirmam que problemas respiratórios podem ser evitados com a higiene nasal regular. Além disso, limpar o nariz é uma maneira eficaz de impedir que os vírus cheguem aos pulmões e outros órgãos.
“É pelo nariz que organismos como bactérias e vírus atacam e entram em nosso corpo. Lá, eles se instalam e depois se espalham para outros lugares. Fazendo a higiene nasal, podemos evitar que eles se desloquem das vias aéreas superiores para as inferiores, causando mais danos à saúde. Nosso nariz e vias aéreas superiores têm ótimos mecanismos de defesa que nos protegem, mas a lavagem torna-se uma ajuda extra”, afirma o pneumologista Gustavo Ferrer.
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