Artista Douglas Aparecido encerra o Ocupa/ia, mostra do ia - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto
ELE OCUPA AS REDES SOCIAIS DO IA DE 16 A 20 DE AGOSTO
A terceira e última etapa do programa de mostras virtuais
Ocupa/ia, um projeto do ia - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro
Preto, entra em cena, com novos artistas que participaram do Programa de
Residência IA ocupando as redes sociais (Facebook e Instagram) do Instituto e mostrar
seus processos de criação, pesquisa e suas obras de arte.
Para finalizar a programação, Douglas Aparecido apresenta sua arte
entre 16 e 20 de agosto. Sua pesquisa traz a linguagem chamada de barroco
afrofuturista. Trata-se de Intersecção entre passado, presente e futuro numa
linguagem delirante. “Ao despirmos o barroco mineiro de seu caráter
religioso, podemos identificar, dentre seus excessos e volutas, aspectos de uma
tecnologia mágica. O propósito é possibilitar uma reconexão com esta linguagem,
fruto de uma criatividade única, que só poderia florescer, em meio a um
ambiente de muita força enérgica – como uma grande mina de ouro, por exemplo”,
explica.
Sobre o Ocupa/ia
Em resposta aos desafios decorrentes do COVID-19 e seus efeitos no
setor cultural, o ia - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto dá início
ao Ocupa/ia, com mostras digitais de artes visuais.
Colocando em debate a efetividade dos meios digitais e a problemática
de acessibilidade e temporalidade, o Ocupa/ia explora novas formas de habitar o
virtual, incentivando a exposição de trabalhos a partir dessa perspectiva.
“Pensamos essa iniciativa para dar apoio à comunidade artística, com o objetivo
de amenizar os efeitos econômicos e sociais deste momento de pandemia. Nesse
sentido, o IA
dá
continuidade à sua missão, abraçando a diversidade social, econômica, de
gêneros e vivências”, explica a presidente Bel Gurgel.
O programa tem como objetivo questionar a forma que as redes
sociais podem colaborar com mostras e criar outras maneiras de produzir e estar
no mundo, evidenciar territórios invisíveis e fazer circular arte.
O Ocupa/ia adota a ideia de tornar as redes digitais das
instituições artísticas como meio de reaproximação do ambiente físico. A
ampliação do conceito de espaço é a “cocriação” das redes sociais, o espaço
público expandido. É a forma de descentralizar e romper com uma circulação
da arte focada apenas no eixo Rio-São Paulo. Cocriar é provocar a existência,
continuar construindo sobre a ideia do outro e vice-versa, sem as travas do
passado.
“Atualmente pretendemos formar um acervo digital, não
físico. O ‘contemporâneo’ é o clique, o efêmero e nossas propostas vêm de
encontro a esse pensamento. O Ocupa/ia visa ampliar os horizontes do espaço
digital por meio da arte neste momento pandêmico tendo a rede social como
alicerce. E, num futuro breve, a ocupação tende a ser, paralelamente à digital,
também urbana nas cidades de Ouro Preto, Mariana e região, sugerindo uma
revisitação às cidades do passado, um novo ciclo”, completa Bel Gurgel.
Ao longo do projeto os artistas, selecionados via
convocatória, se apresentam, falam de seu processo criativo, mostram a obra em
si e contam sobre sua visão de arte dentro da pandemia.
Sobre os artistas:
Douglas
Aparecido
Douglas Aparecido é Poeta, Artista Plástico, Pensador-ativista
afrocentrado, além de gestor e produtor cultural. Estudioso da história de Vila
Rica de Ouro Preto no séc. XVIII, com foco, nas tecnologias e ciências
africanas aplicadas para a mineração de ouro.
Sobre ia - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto
O ia - Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto tem por sua
natureza fomentar o encontro e intercâmbio entre a população de Ouro Preto,
artistas e artesãos locais e agentes do campo da arte de outras regiões. O embate entre tradição
(representada pelo esplendor barroco da cidade patrimônio cultural da
humanidade) e a contemporaneidade (com foco no caráter efêmero da arte
contemporânea) constitui a essência do IA, a partir de quatro pilares
principais: a troca entre diferentes atores sociais,
o diálogo entre linguagens artísticas distintas e entre o passado, o
presente e o futuro, a desconstrução do status quo que subjuga a arte
ao mercado e a tendências regidas pelo mercado e a decolonização, como
forma de se criar e produzir arte contemporânea, a partir da reverência,
reconhecimento e legitimação de epistemis e práticas culturais, sociais e
políticas da América Latina e do Brasil, especificamente.
SERVIÇO:
Ocupa/ia
De 16/08 a 20/08 - Douglas Aparecido
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