Dia do Estudante reforça a importância da educação em todos os lugares
Neste 11 de agosto, conheça o projeto de educação de jovens e adultos realizado por uma construtora em Goiânia
O armador Adimilson Soares Moreira, de 39 anos,
retomou os estudos graças ao projeto Ensino Consciente Divulgação |
Em 1963, um projeto capitaneado pelo educador Paulo
Freire conseguiu a proeza de alfabetizar 300 adultos, cortadores de cana, em 45
dias, no município de Angicos, no Rio Grande do Norte. A ação, que acabou sendo
conhecida como "experiência de Angicos", ajudou a moldar diversos
métodos que seriam adotados nas décadas seguintes para ensinar jovens e adultos
a ler e escrever. O legado do patrono da educação brasileira continua motivando
programas de alfabetização e ensino de jovens e adultos por todo o Brasil. É o
caso do projeto Ensino Consciente, uma iniciativa promovida pelo departamento
de Responsabilidade Socioambiental da Consciente Construtora e Incorporadora,
em parceria com o Sesi.
O projeto oferece a trabalhadores da construção civil
a oportunidade de retomarem seus estudos no ensino médio e fundamental, na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Durante a pandemia, as aulas
foram realizadas a distância, pela internet, e recentemente voltaram a ser
ministradas de forma presencial, em uma sala adaptada e climatizada no canteiro
de obras do World Trade Center Goiânia, empreendimento em construção no Setor
Marista, seguindo todos os protocolos de segurança e distanciamento.
A professora Paula Gabriela Ribeiro, cedida pelo Sesi
e que participa do projeto desde 2011, leciona para uma turma de 13 homens, com
idades entre 30 e 55 anos. celebra a importância de proporcionar que
trabalhadores da construção civil possam completar seus estudos.
“Com muita persistência, os alunos conseguiram
finalizar o nono ano de forma remota e agora estamos voltando às aulas
presenciais, seguindo todos os cuidados exigidos pelo decreto. Incentivamos o
uso do álcool em gel e todos usam máscaras. As cadeiras estão dispostas de
forma bem espaçada. É um projeto muito bacana! Já formamos três turmas e é
possível ver o empenho e a dedicação dos trabalhadores. Depois de um dia árduo
na obra, eles vão em busca do sonho de completar os estudos. Os trabalhadores
da Consciente Construtora agarram com unhas e dentes essa oportunidade”, conta
Paula.
O armador Adimilson Soares Moreira, de 39 anos, ficou
empolgado ao saber da existência do projeto e, desde então, retomou os estudos.
Ele afirma que está gostando muito mais da dinâmica das aulas agora com o
retorno do ensino presencial, por ter mais possibilidade de interagir com os
professores e conseguir fixar melhor o conteúdo.
“A sala é bem grande e arejada, então estamos
respeitando o distanciamento. A gente termina o expediente na obra, toma um
banho e já vai para a sala de aula. A dinâmica presencial é muito melhor do que
antes. Eu tenho muita dificuldade para acompanhar a aula sem estar próximo ao
professor, então estou gostando muito mais agora”, ressalta Adimilson.
O pedreiro Jair Francisco da Silva, de 53 anos, já
participa do projeto há cinco anos e também está empolgado com o retorno das
aulas presenciais. Antes de voltar a estudar por meio da iniciativa da
Consciente Construtora, ele tinha cursado apenas até o quarto ano do ensino
fundamental e tinha muita dificuldade para ler e escrever. Agora, está
completamente envolvido com os estudos e acompanha as aulas assiduamente.
"Eu gosto demais do projeto. Gosto de estudar
todas as matérias, de matemática, de ciências humanas. Eu não era muito bom
para ler e escrever, e já aprendi muito. Agora vou começar o 1º ano do ensino
médio e estou contente demais. Foi uma coisa sensacional que aconteceu na minha
vida. Só tenho a agradecer por esse projeto da Consciente e do Sesi",
afirma Jair.
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