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Livrarias segmentadas consolidam uma tendência no mercado editorial

Enquanto as grandes livrarias fecham as portas, o setor investe em criatividade para atrair mais leitores

Divulgação
Antes mesmo da pandemia, as grandes livrarias já mostravam dificuldades em se manter. Muito por conta da mudança do comportamento do consumidor que passou a adquirir os seus livros pela internet. Porém, a loja física ainda era uma opção para os leitores que gostavam de tomar um café, receber indicações ou simplesmente folhear os livros antes de comprar.

As restrições de convívio social impossibilitaram essas práticas e os anúncios de fechamento das megastores, principalmente em shoppings, se tornaram frequentes, como por exemplo, a Saraiva, FNAC e Livraria Cultura (em recuperação judicial). Mas nem tudo são más notícias, a tendência de livrarias segmentadas está se tornando realidade.

Para Eduardo Villela, book advisor e profissional com mais de 16 anos no mercado editorial, esse movimento no mercado se dá por diversas razões. "As livrarias menores, geralmente se especializam em um único nicho, como livros de ficção infanto-juvenil, autoras que focam o universo feminino ou se destacam por serem mulheres ou, ainda os livros técnicos, disponibilizando um acervo bastante completo aos clientes. Elas oferecem um atendimento mais personalizado e profissional, feito por poucos funcionários bem treinados ou até pelo próprio proprietário. São detalhes que fidelizam os clientes e os fazem comprar delas, mesmo sabendo que os livros quase sempre custam menos se comprados nos grandes sites. Boa parte dos clientes valoriza em primeiro lugar o bom atendimento e outras experiências, como eventos de contação de histórias, saraus e a possibilidade de interação com os autores em sessões de autógrafos, por isso, os clientes estão dispostos a pagar um pouco mais do que na internet", explica o especialista.

Outra informação interessante divulgada recentemente pelo Snel, o Sindicato Nacional de Editores de Livros, durante o 7º Painel do Varejo de Livros no Brasil, são os dados que trazem um aumento de 48,5% nas vendas de livros, o que equivale a 28 milhões de unidades vendidas no primeiro semestre deste ano. "Esse crescimento aponta para um novo momento para o mercado editorial brasileiro e mostra uma recuperação expressiva para o setor", conclui Eduardo.

Eduardo Villela é Book Advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias/autobiografias, livros de família e ficção infantojuvenil e adulta.

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