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Plano dos EUA para intensificar produção de energia éolica até 2030 prevê US$ 12 bi ao ano e geração de milhares de empregos

Especialista aponta que o Brasil também precisa seguir o mesmo caminho

Deepwater wind

Daniel Galvão 

Como parte dos esforços para reduzir as mudanças climáticas no planeta, o Governo dos EUA anunciou há dois meses um plano para instalar parques eólicos no mar. O objetivo é fornecer energia a mais de 10 milhões de casas até 2030. Atualmente, o país tem apenas um único parque eólico marítimo que fica localizado em frente a Rhode Island e consegue produzir 30 megawatts.

A meta do novo plano - para produzir 30 gigawatts de energia eólica - vai exigir  investimentos estimados em mais de US$ 12 bilhões por ano ao longo das costas do Atlântico e do Pacífico com a previsão de criação de milhares de empregos no país. Com isso será eliminada ainda a emissão de 78 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

A Casa Branca está considerando escolher áreas ao longo das costas de Nova York e Nova Jersey. Os lotes a serem comercializados serão ofertados no final deste ano e início do próximo. Além de ser uma fonte renovável, a energia eólica causa menos impactos ambientais e é encontrada em abundância.

De acordo com o meteorologista, José Filho, que vive atualmente nos EUA, os constantes problemas ambientais ocasionados em consequência da utilização das fontes de energia não renováveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, tem aumentado o interesse por fontes alternativas de energia vem se intensificando.

No Brasil, por exemplo, o meteorologista - que tem especialização em energia eólica com mestrado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) - informou que o Estado do Ceará se destaca dos demais, onde aproximadamente 160 mil pessoas já utilizam esse tipo de energia. 

Aliás, hoje a energia eólica ocupa o segundo lugar na geração de energia elétrica do Brasil, com 18 GW de capacidade instalada e um futuro bastante promissor: a previsão é que, até 2024, considerando apenas os leilões já realizados, serão cerca de 28 GW.

“Precisamos avançar neste tipo de investimento nos EUA, no Brasil e no mundo, porque, conforme estudos da Agência Internacional de Energia, as reservas de petróleo devem extinguir em 75 anos, as de gás em 100 anos, e o carvão mineral possui reserva suficiente para mais 200 anos”, resumiu.

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