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Vídeocast é tendência para os próximos anos

Com o crescimento do podcast e o interesse das pessoas nesse tipo de mídia, agora a versão vídeo ganha mais espaço

O movimento em torno do áudio digital não deixa dúvidas que o streaming de voz é um grande negócio a partir deste ano. Os podcasts puxam essa tendência, atraindo cada vez mais investimentos em produção de conteúdo e anúncios, por isso, Spotify, Apple, Amazon e Google aprimoram suas plataformas para captar dados e mensurar resultados de forma mais precisa numa verdadeira corrida para captar ouro dessa mina. 

A previsão dos EUA é que em 2021, com um crescimento exponencial no investimento em publicidade nos podcast, as cifras devem chegar na marca de US$ 1 bilhão, portanto cerca de cada cinco dólares dos anúncios de rádio digital serão destinados à plataforma. Na pesquisa realizada com profissionais de marketing, 38% responderam que planejam aumentar os gastos com podcast já este ano e preveem um volume maior para os próximos.

No Brasil o aumento do consumo dessa ferramenta e a expectativa de monetização também são crescentes. Observamos marcas produzindo seus próprios conteúdospatrocinando novas temporadas de programas consolidados, ou mesmo entrando na cocriação de programas junto com publishers. É o caso do podcast “Saúde é Básica”, com o jornalista Fernando Rocha, uma cocriação entre UOL Content_Lab e Unimed, com distribuição pelo vertical VivaBem e principais plataformas de podcasts.

Outro case é o Empreendacast nativamente um podcast que trata a trajetória dos empreendedores, em três anos já completaram 1 milhão de plays e bateram a marca de 40 mil assinantes. “Nesse cenário fértil ingressamos no YouTube e com estúdio próprio”, comenta Gustavo Passi, cofundador do projeto. 
Segundo o empresário o início do podcast ocorreu de forma amadora e descomprometida, hoje os investimentos em conteúdo com grandes publishers apostando no formato, os podcasts tendem a profissionalizar a produção e ampliar a sugestão de estilos, dando mais pluralidade aos temas. 

O podcaster afirma que nosso primeiro contato com o mundo é a voz quando nascemos e choramos. Ao longo dela, é a forma de contato que mais utilizamos para criar conexões com outras pessoas, expressar sentimentos, trocar informações. “Por meio da voz gerarmos uma infinidade de conteúdo, contamos histórias, apresentamos ideias, compartilhamos experiências e aprendizados”, elucida Passi, proprietário da Voz e Conteúdo, empresa que elabora podcasts e vídeocasts desde o conteúdo, a divulgação até as métricas. 


Porque o videocast se apresenta como uma tendência

Há muito tempo o vídeo tem sido a forma de mídia favorita da internet, e isso ficou ainda mais nítido com a chegada da pandemia e uma maior dependência do mundo digital. Dentro deste cenário, a popularidade do streaming cresceu, trazendo pessoas que antes só assistiam televisão de um conteúdo digital.

Se analisarmos as redes sociais neste período, que são grandes fontes de conteúdo, o Youtube, por exemplo, viu um aumento do seu consumo mundial em 87% e o Instagram em 69%, segundo dados da pesquisa Kantar/Covid19.
Cada vez mais as pessoas estão deixando de consumir notícias e entretenimento das grandes mídias e passando a buscar canais especializados que atendam suas demandas individuais.

Aí está a força do videocast, atraindo uma audiência fiel de seguidores, ávidos por novos programas sobre um tema específico.

O próprio YouTube, percebendo essa tendência em consumo de videocast, investiu na construção de um estúdio no Rio de Janeiro chamado de YouTube Space Rio, onde criadores de conteúdo de relevância na plataforma podem gratuitamente usar toda uma infraestrutura de áudio, vídeo e computadores com ilha de edição para produzirem os seus programas.

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