Com mural "Seja Luz", Eduardo Kobra instiga a repensar valores e fazer a diferença
Kobra terminou em São Paulo o mural Seja Luz, mais uma obra com o tema da pandemia do Covid-19. Segundo o artista, esse trágico momento de pandemia deve levar a humanidade a repensar valores. "Cada um precisa refletir sobre que tipo de entrega e atitude deve ter para ser luz na escuridão", diz o muralista. "Acima de tudo é preciso ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental, mais que só ficar nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no outro e fazer o bem", afirma.
Foto noturna do mural Seja Luz, de Eduardo Kobra
drone.cyrillo
O artista urbano Eduardo Kobra terminou em São Paulo o mural “Seja
Luz”, mais uma obra com o tema da pandemia do Covid-19. O mural de 30 metros de
altura por sete metros de largura fica na rua Oscar Freire, nos Jardins.
Pintado com esmalte, látex acrílico e spray, demorou cerca de duas semanas para
ser realizado.
Segundo o artista, que no mural pintou “O Pensador”, de Auguste Rodin (1840 a
1917), dentro de uma lâmpada, esse trágico momento de pandemia deve levar a
humanidade a repensar valores. “Cada um precisa refletir sobre que tipo de
entrega e atitude deve ter para ser luz na escuridão”, diz o muralista. “Acima
de tudo é preciso ser luz na vida de alguém e fazer a diferença. É fundamental,
mais que só ficar nas palavras e nas Redes Sociais, ouvir o outro, pensar no
outro e fazer o bem”, afirma.
Em maio deste ano, Kobra lançou em São Paulo, na rua Henrique Schaumann, em
frente à Igreja do Calvário, o mural “Coexistência – Memorial da Fé por todas
as vítimas do Covid-19”, onde retrata crianças de cinco religiões –
Islamismo, Budismo, Cristianismo, Judaísmo e Hinduísmo. A obra traz uma
mensagem de fé e de esperança, ao mesmo tempo em que lembra as vítimas do
Covid-19 e destaca a importância da Ciência, simbolizada pelo fundamental uso
de máscaras.
Pouco antes, na primeira ação do recém-criado Instituto Kobra, que tem
como base a premissa de que a arte é um instrumento de transformação, o artista
paulistano transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra
de arte, exemplar único, chamada “Respirar”. Kobra pintou o cilindro como
se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro. “A
mensagem central é a importância da vida. Que o sopro da minha arte ajude a
levar um pouco de oxigênio para os hospitais mais necessitados e, ao mesmo
tempo, provoque a reflexão sobre a importância de usar máscaras, lavar as mãos
constantemente, manter o isolamento social e, claro, de preservar a natureza,
que é um patrimônio de toda a humanidade”, disse.
A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda
da peça foram aplicados integralmente na construção de duas usinas de oxigênio,
entregues à Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas. Na prática, isso
significou que 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene,
que ficaram como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um
mês, são 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito
de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega
equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês. Com
700 mil conseguiríamos comprar 350 cilindros, o que equivaleria a 3.500 horas”,
contou o muralista.
Em fevereiro de 2021, Kobra doou ao Instituto Butantan e à
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dois painéis (um para cada instituição) de um
metro e oitenta por um metro em oitenta, que fez meses antes, inspirado na
esperança do desenvolvimento de vacinas para imunizar as pessoas contra o
Covid-19.
A Mão de Deus
Em
novembro de 2020, o artista urbano entregou o mural “A Mão de Deus” na região
do Minhocão, em São Paulo. O trabalho tem 33 metros de altura por sete metros
de largura, na empena de um prédio situado à rua Traipu, nº. 50. De
acordo com o artista, é a mais autobiográfica de todas as suas obras e, ao
mesmo tempo, é uma obra que fala de todos. “O mural é inspirado em um momento
muito difícil para mim, que começou a ser superado quando senti a mão de Deus.
Foi algo que me ajudou e que me ampara até hoje”, diz.
Kobra
afirma que o mural, é particular, mas também universal. “Serve para todas as
pessoas, de qualquer fé, que passam por dificuldades como depressão, solidão,
dificuldades econômicas, bebidas e drogas”. E complementa: “espero que nesses
tempos de pandemia e mesmo depois que tudo isso terminar, o mural também
inspire as pessoas a resgatarem a bondade e serem mais acolhedoras e solidárias
uma com as outras”.
Também ao final de 2020, como uma ode à vida durante a pandemia, Kobra pintou
na altura do km 44 da rodovia Presidente Castelo Branco, em São Paulo, o mural
“A Linha da Vida”, de 600 metros quadrados. A obra traz oito personagens.
Começa com uma criança e termina com uma senhora de cerca de 80 anos de idade
Ainda
em 2020, Kobra utilizou seu talento para uma campanha que ajudava famílias
desassistidas, com situação de vulnerabilidade ainda mais agravada pela
pandemia do Covid-19. Fez o painel “Coexistência” (que em maio virou mural, como está acima no release),
onde mostrava crianças de cinco religiões – budismo, cristianismo, islamismo
judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo máscaras. Uma Serigrafia da obra
foi sorteada entre as pessoas que fizeram doações. Com o valor arrecadado, R$
450 mil, foram produzidos e distribuídos 20 mil kits.
Pouco
depois, com o leilão da tela “Ao Líbano com Carinho”, conseguiu arrecadar 50
mil dólares para as vítimas da explosão ocorrida na zona portuária de Beirute,
capital libanesa. “A obra mostra duas mãos, que simbolizam as mãos da
humanidade, levantando o cedro do Líbano, que é um símbolo de paz, de
fraternidade, de união e respeito”, disse o artista, que utilizou a bandeira do
Líbano como a base para a pintura. “O vermelho representa o sangue derramado
pelas pessoas que se feriram ou morreram nas lutas para livrar o país das
forças externas; o branco representa a permanente busca pela paz e a
beleza das montanhas cobertas pela neve; e o cedro, árvore presente em boa
parte do país, é um símbolo de força e eternidade”, explicou o artista.
Instituto Kobra: a arte como instrumento
de transformação social
Nasceu em
fevereiro de 2021 o Instituto Kobra, entidade que acredita na arte como
instrumento de transformação social de adolescentes e jovens em estado de
vulnerabilidade no Brasil. Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a
instituição parte da própria biografia de seu criador para fundamentar a
importância e o papel da cultura como agente transformador de vidas e
realidades.
O Instituto Kobra deverá promover ações, prioritariamente em comunidades
periféricas, levando manifestações artísticas — não só das artes plásticas e do
grafite, mas também da música, do teatro e da literatura — àqueles que costumam
ter menos acesso a museus e centros culturais.
Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, realizado em 2019.
Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12
bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que
estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista
idealizou e participou de todos os dias do projeto, interagindo muito com o
público.
O Instituto Kobra surge também para funcionar como um espaço para promoção de
causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios
do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta
antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade.
Neste sentido e considerando o momento sensível atravessado pelo País no
combate à pandemia de covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi
usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus. Eduardo Kobra
transformou um cilindro inutilizado em uma obra de arte (confirme citado acima no release).
Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão
previstas outras maneiras de promover a cultura, com palestras e oficinas e
realização de pinturas públicas em comunidades mais vulneráveis.
Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros
muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de
intercâmbios culturais, irão levar sua arte, seu conhecimento e suas histórias
de vida a esses jovens de periferia.
A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no
Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a
arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura em geral pode ser uma
ferramenta de transformação social para muitos jovens brasileiros.
Para viabilizar esses projetos, o Instituto Kobra está aberto a firmar
parcerias com empresas e outras entidades que queiram promover ações culturais
junto a adolescentes e jovens de periferia.
Por conta do estado de pandemia, o Instituto Kobra definiu que, neste primeiro
momento, todas as suas atividades devem ser estruturadas online. Quando -
espera-se que em um futuro próximo - a situação atual for superada e eventos
públicos puderem tornar a ocorrer com segurança, atividades presenciais serão
divulgadas.
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Sobre Eduardo Kobra
Kobra
é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Começou como pichador, tornou-se
grafiteiro e hoje se define como muralista. Seu talento brota por volta de 1987,
no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e
se espalha pela cidade e pelo mundo. Com os desdobramentos que a arte urbana
ganhou em São Paulo, ele derivou - com o Studio Kobra, criado em 95 - para um
muralismo original - inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores
mexicanos e norte-americanos, beneficiando-se das características de artista
experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas
em detalhes, que mesclam realidade e um certo "transformismo"
grafiteiro.
Muitos críticos afirmam que a característica mais marcante de Kobra é o domínio
do desenho e das cores. Mas o que é fundamental para o artista é o olhar. Kobra
foi desde cedo apresentado às adversidades da vida. Viu amigos sucumbirem às
drogas e à criminalidade. Alguns foram presos. Outros perderam a vida. Foi o
olhar que o salvou.
Kobra é autor de projetos como "Muro
das Memórias", em que busca transformar a paisagem urbana através da arte
e resgatar a memória da cidade; Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens
fortes de matança de animais e destruição da natureza; e “Olhares da Paz”, onde
pinta figuras icônicas que se destacaram na temática da paz e na produção
artística, como Nelson Mandela, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Dalai
Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Malala Yousafzai, Maya
Plisetskaya, Salvador Dali e Frida Kahlo.
Em
meio ao caos urbano, buscou resgatar o patrimônio histórico que se perdeu. Em
um contexto repleto de desigualdade social e injustiças, buscou se inspirar em
personagens e cenas que servem de exemplo para um mundo melhor.
Hoje,
os murais de Kobra estão em cerca de 35 países e em diversas cidades e estados
brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar
Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em
Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina”
(Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol),
em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os trabalhos, o
artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e
até montanhas em galerias a céu aberto. Inquieto, estudioso e autodidata,
também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a
pintura em 3D sobre pavimentos. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados Unidos,
18 deles em Nova York.
Cada
vez mais conhecido, Kobra fica, é claro, orgulhoso quando vê uma multidão que
observa um de seus murais, mas costuma dizer que o que o comove de verdade é
descobrir alguém que para no meio da correria da cidade para observar, mesmo
que por um minuto, os detalhes dessa obra. Apesar dos murais monumentais, Eduardo
Kobra faz sua arte para despertar a consciência e a sensibilidade de cada um de
nós.
Veja algumas das obras de Kobra no
Brasil e no Exterior
Exterior:
1 - O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA
2 - Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia
3 - Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida,
EUA
4 - A Bailarina (Maya Plisetskaya), em
Moscou, Rússia
5 - Malala, em Roma, Itália
6 - Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia,
EUA
7 - Sarasota Antiga, em Sarasota, Flórida, EUA
8 - Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA
9 – Fight for Street Art (releitura da
cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg,
Brooklyn, EUA
10 – Alfred Nobel, na cidade
de Boras, Suécia
11 – MariArte, em San Miguel
de Allende, México
12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão
13 – O Beduíno, em Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos
14 – Mural ainda sem nome,
Papeete, Taiti
15 - Bob Dylan, The Times They Are a-Changin.
Minneapolis, Minnesota, EUA
16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA
17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA
18 – Give Peace a Chance, Wynwood, Miami, Flórida, EUA
19 – Stop Wars, Wynwood,
Miami, Flórida, EUA
20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído), Wynwood, Miami,
Flórida, EUA
21 – Muddy Waters, Chicago,
Illinois, EUA.
22 – Rio, Tóquio, Japão
23 – Armstrong (nome não
definitivo), Cincinnati, Ohio, EUA
24 – Dante Alighieri, Ravenna,
Itália
25 – Let me be myself, Amsterdã,
Holanda
26 - Ziggy Stardust (sobre
David Bowie), Jersey City, New Jersey, EUA.
27 – Sonho de um Menino,
Dubai, Emirados Árabes Unidos.
28 – Mandela (ainda sem nome definitivo),
em Blantyre, Malawi
29 – Desmond Tutu (ainda sem nome
definitivo), em Blantyre, Malawi
30 – Dalí, em Múrcia, Espanha
31 – Davi, em Carrara, Itália
32 – Cacique Raoni (ainda sem nome definitivo),
em Lisboa, Portugal.
33 – Etnias – Todos Somos Um (talvez ainda
receba um novo nome), em Sandefjord, Noruega.
34 – Locomotiva, em Londres, Reino Unido
35 – Família Monet (dois murais que conversam
entre si), em Boulogne-sur-Mer (Bolonha-sobre-o-Mar), na França.
36 – Imagine, em Bristol, Inglaterra.
37 – Em 2018 o artista fez 20 murais nos
EUA, 18 deles em Nova
York.
38 – Ayrton Senna, Ímola, Itália.
Brasil
1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av.
Paulista, em São Paulo, São Paulo
2 - A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias),
av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo
3 - Belém Antigo, esquina da rua Castilhos
França com a rua Portugal, em Belém, Pará
4 - Candango, no Complexo Bancário, em
Brasília.
5 - Chico e Ariano, na avenida Pedroso de
Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.
6 - Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases,
na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes,
que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.
7 - Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias),
próximo ao viaduto Tutóia, em São Paulo, São Paulo.
8 - Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do
MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP.
9 - Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São
Paulo.
10 – Muro das Memórias Caixa d’água,
Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo.
11 – AltaMira (projeto Greenpincel),
rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.
12 - Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São
Paulo.
13 – Gonzagão, Recife,
Pernambuco.
14 - Viver, Reviver e Ousar,
Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.
15 - Brasil!, muro da
usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.
16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel),
av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo.
17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes,
av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.
18 – Racionais MC’s, Capão
Redondo, São Paulo, São Paulo
19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São
Paulo, São Paulo
20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São
Paulo
21 – Etnias – Todos Somos Um, Boulevard
Olímpico, Porto Maravilha, Rio de Janeiro, RJ
22 – Sobre Bike e mobilidade (nome ainda indefinido), rua
Tavares Cabral, São Paulo, SP.
23 – Mural do Chocolate, km 35 da rod.
Castelo Branco, em Itapevi, São Paulo;
24 – Escadão das Bailarinas, em Pinheiro, São
Paulo, São Paulo
25 – Mario Quintana, Porto Alegre, Rio Grande do
Sul.
26 – Ayrton Senna – Superação, em Interlagos,
São Paulo.
27 – Escola Professor Raul Brasil (ainda sem
nome definitivo), em Suzano, São Paulo.
28 – Coração Santista, em Santos, São Paulo.
29 – A Mão de Deus, São Paulo, São Paulo
30 – A Linha da Vida. - km 44 da rod. Castelo
Branco, São Paulo
31 – Escadateca, em Sorocaba, São Paulo.
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