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O influenciador digital vai deixar de existir?

Aldrin Nery, especialista em mídias digitais, opina sobre a durabilidade da profissão da década.

Créditos de: Divulgação / MF Press Global

De acordo com a pesquisa americana da Data Intelligence Morning Consul, atualmente, cerca de 86% dos jovens desejam ser influenciadores digitais nos Estados Unidos. No Brasil, o aplicativo de streaming Yubo entrevistou cerca de 2.300 jovens, dos quais 39%, também afirmaram sonhar em se tornar “influencers”. A mais nova profissão da década desperta fascínio de muita gente, porém, por ser totalmente diferente dos cargos tradicionais, ainda há muitas dúvidas e incertezas sobre a estabilidade e a manutenção da relevância dessa função no futuro.

Afinal, por quanto tempo os influenciadores digitais ditarão regras e tendências dentro do mundo virtual? Para o especialista em mídias digitais Aldrin Nery, não há indicativo que a profissão de influenciador deixe de existir, mas há a possibilidade de ter que passar por adaptações para manter a importância em meio às tantas alterações da vida contemporânea. “ A profissão tem virado commodity devido a alta quantidade de gente fazendo a mesma coisa, o que gera o barateamento dos preços pagos por marcas aos influencers, já que outros têm aceitado valores menores para fazer a mesma divulgação, por exemplo”, alerta.

Em 2019, o Brasil já contava com mais de 1 milhão de influenciadores digitais e o mercado cresce a cada ano. De acordo com dados da Opinion Box, em 2021, o país se tornou o mais impactado por influenciadores digitais, ao revelar que 67% dos usuários do Instagram seguem algum influenciador e outros 55% admitiram já terem feito alguma compra por influência digital. Ou seja, o mercado no país é grande, mas exige dedicação completa.

Aldrin Nery acredita que uma maneira de se adaptar às mudanças dentro da profissão é apostar na criatividade e desenvolver um novo produto. Essa estratégia já pode ser observada em grandes nomes da influência no Brasil como Bianca Andrade, com o Boca Rosa Beauty ou Jade Picon, com o Jade² e internacionalmente por Rihanna, com a Fenty Beauty ou os produtos da Kylie Cosmetics da socialite Kylie Jenner. “Usando sua influência para vender produtos, você deixa de depender da contratação das marcas já existentes”, explica o especialista.

Sobre Aldrin Nery

Empreendedor carioca, formado em Administração, possui MBA em Gestão Estratégica de Negócios, com Especialização em Design Thinking e Social Media, na Universidade de Aveiro (UA) em Portugal, é também CEO de uma agência de Marketing. Aldrin Nery, especialista em mídias sociais, trabalha na gestão de mídias de grandes empresas, personalidades e políticos. Além disso, é conhecido por dar dicas aos seus seguidores de como crescer e vender nas redes sociais através de seu perfil e do perfil de sua agência.

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