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Rentabilidade elevada atrai investidores ao crowdfunding imobiliário e aumenta destinação de recursos à incorporação imobiliária

Em operações concluídas, rentabilidade média chega a 15,73% ao ano. No total, operações da Urbe.me já destinaram R$ 85 milhões a empresas.

Primeira plataforma de crowdfunding imobiliário do país, a Urbe.me realizou, desde 2015, 95 rodadas de captação coletiva que resultaram na destinação de R$ 85 milhões a 60 empreendimentos. A rentabilidade diferenciada (média de 15,73% ao ano com picos acima de 20% anuais nas 58 operações que cumpriram seu ciclo total – da captação ao prazo contratual para pagamento a investidores – foi um dos principais fatores que acabaram por popularizar a modalidade, tanto como opção de investimento quanto de fonte de recursos para empresas do setor.

Para as incorporadoras, o crowdfunding viabiliza etapas dos projetos que financiamentos bancários ao setor não cobrem. “Para financiar incorporação, documentação, lançamento, dentre outras que bancos não contemplam e que representam cerca de 5% do custo total, as empresas utilizavam, ou caixa próprio ou tinham de atrair um investidor capaz de aportar alguns milhões no empreendimento”, diz Eduarda Fabris, sócio e COO da Urbe.me.

“No crowdfunding, estes recursos chegam por meio da reunião de centenas de aportes que partem de R$ 1 mil. Em troca, os investidores recebem, além de uma remuneração mínima mensal, geralmente de 200% do CDI, uma participação do VGV, no final. Apesar dessa remuneração ser hoje bastante significativa se comparada à de outras opções de investimento, para as empresas, significa um custo menor que teriam para atrair um investidor institucional”, explica.

Outra vantagem para as empresas é que estes recursos chegam de uma só vez. “Financiamentos bancários são liberados à medida que etapas das obras são concluídas. Portanto, sempre chegam depois. O crowdfunding, ao liberá-los de uma só vez, possibilita que os projetos sejam agilizados, principalmente em seus estágios iniciais”, afirma.

Nascida em um escritório de arquitetura, a OSPA, hoje um grupo de desenvolvimento imobiliário, a Urbe.me é rigorosa quanto à seleção dos projetos que disponibiliza. Além da viabilidade dos empreendimentos, são analisadas a situação financeira e reputação de mercado das empresas. Só são aceitos projetos de incorporadoras e construtoras que já realizaram, pelo menos, três projetos do mesmo porte do que busca captação. “Já fomos procurados por mais 500 empresas e menos de 5% dos projetos apresentados ingressaram na plataforma”, conta Eduarda.

Desde 2019, a Urbe.me atua como correspondente bancário, em operações peer to peer (empréstimos entre pessoas). Desta forma, passou a seguir as regulamentações do Bacen, o que lhe possibilitou ser ainda mais rigorosa na seleção de projetos.

“Anteriormente, as cotas ofertadas a investidores eram valores mobiliários. Por isso, seguíamos as determinações da Instrução Normativa 588, da CVM, que permite captações coletivas apenas para empresas que faturam até R$ 10 milhões anuais. Era um teto bastante limitador para atuar com incorporadoras. Já como correspondente bancário, não há limite de receita, o que nos possibilita atuar com empresas mais sólidas e, assim, proporcionar maior segurança aos investidores”, conclui. 

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