Hiperautomação: afinal, é ou não é o fim do trabalho humano?
Processo que vem deixando de ser uma tendência
para se tornar uma realidade agrega valor às empresas com soluções que combinam
inteligência artificial, robotização e aprendizado de máquinas, contribuindo
para a evolução da mão de obra.
Toda vez que escutamos
o termo Inteligência Artificial, a primeira pergunta que vem à nossa mente é:
será o fim do trabalho humano?. Mas, antes de responder a esta questão,
pensemos nas atividades que fazíamos e que não gostávamos, por serem
repetitivas. Por exemplo: a emissão de notas fiscal era manual e,
posteriormente, os contadores tinham que transcrever todas as notas fiscais,
uma por uma, em um livro de registros tributários. Se houvesse erro, o jeito
era passar uma solução com água sanitária, e mais tarde o corretor líquido para
fazer os ajustes. Nos bancos, valores para pagamentos eram digitados, com uma
enorme demanda de atenção por parte dos caixas. Por sua vez, o operador de
telemarketing passava o dia, a semana ou meses resolvendo praticamente os
mesmos problemas e dando as mesmas informações...
Gradativamente, todo
esse trabalho vem sendo substituído por automações e mais recentemente pela
Inteligência Artificial, que são ferramentas robotizadas que simulam um ser
humano nas atividades repetitivas. Os chatbots, por exemplo, realizam a
conversação com as pessoas, esclarecendo dúvidas e procurando ofertar soluções
já conhecidas para os mais diversos problemas. “Neste caso, o objetivo é
acelerar o processo e otimizar a experiência do cliente. Para tranquilizar, não
é o fim do trabalho humano”, garante o executivo Atila Nicoletti,
superintendente comercial da Run2Biz Software, que mediou uma live para explicar
o quanto a hiperautomação gera valor para as corporações com soluções que
combinam Inteligência Artificial, robotização e aprendizado de máquinas, em
processos e sistemas.
Como o ser humano
possui particularidades que dificilmente as máquinas conseguiram substituir,
como sentimentos, percepção social e capacidade de resolver problemas ainda não
conhecidos, e em compensação algumas atividades rotineiras podem ser delegadas
à Inteligência Artificial, entre elas, a leitura de e-mails e a extração de
informações importantes de documentos, ficou claro, durante o webinar, que a
hiperautomação – que consiste na união de conhecimentos e tecnologias que as
empresas devem adotar para assegurar o processo de trabalho automatizado – traz
mais celeridade na realização das atividades das empresas.
“Se a automação atua
com o propósito de transformar processos mecânicos em automáticos, a
hiperautomação contempla ainda mais funcionalidades de análise, design, medição
de desempenho, monitoramento, pesquisa, predição, mensuração, chegando ao
monitoramento e reavaliações, se tornando uma ferramenta muito mais completa”,
informa Nicoletti.
Como nem todas as
empresas são iguais e até negócios do mesmo segmento podem atender perfis
dessemelhantes, no encontro ficou claro que, antes de utilizar a
hiperautomação, é preciso conhecer a realidade de cada estabelecimento, bem
como ter uma ampla noção do que pode ser melhorado naquele cenário. E, por
isso, essa infraestrutura está deixando de ser uma tendência para se tornar uma
forte realidade, ficando em primeiro lugar no “Top 10 Strategic Technology
Trends for 2020”, da Gartner, de 2020.
“A empresa, grande ou
pequena, que não automatizar os seus processos internos de gestão, corre o
risco de ficar para trás, perdendo eficiência, segurança, relevância,
confiabilidade e, consequentemente, clientes. Além de manter os custos elevados
pelos processos manuais”, informou Nicoletti.
O webinar contou com
explanações de Donato Penatti, diretor-presidente e membro-fundador da Ninecon;
Renato Panessa, diretor executivo de vendas na unidade Tech da Ninecon; Carlos
Almeida, da Service IT; e Fernando Raupp, também da Service IT. Todas as
empresas participantes são conhecidas como MSPs – sigla para Managed Service
Providers –, ou seja, empreendimentos do setor de tecnologia da informação
(TI), provedores de serviços baseados em TI.
Para quem não assistiu a live mencionada, ela está disponível no YouTube e no Linkedin da Run2biz.
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