Mais da metade dos consumidores brasileiros continua enfrentando dificuldades financeiras devido à pandemia
O estudo Consumer Pulse, da TransUnion, destaca os efeitos financeiros contínuos da Covid-19 sobre os brasileiros durante o terceiro trimestre de 2021.
No terceiro trimestre
de 2021, 55% dos brasileiros indicaram que a renda familiar continua sendo
impactada negativamente devido à Covid-19. Houve uma ligeira redução em
relação aos trimestres anteriores;
- A preocupação com o pagamento
de contas e empréstimos permanece alta entre os consumidores impactados.
Cerca de 93% dos entrevistados estão preocupados em como pagar suas contas
e empréstimos integralmente;
- Embora os consumidores de baixa
renda ainda sejam o grupo mais impactado negativamente nas finanças, eles
apresentaram a maior melhora em comparação com as famílias de renda média
e alta;
- Enquanto 62% dos consumidores
acreditam que é importante contar com crédito, apenas 43% entendem ter
acesso a esta opção. Muitos deles estão hesitando em solicitar novo
crédito ou refinanciamentos. Mais da metade dos consumidores (52%)
considera solicitar este serviço, mas, em última análise, decidiu não
fazê-lo.
A TransUnion, empresa global de informações e
insights de dados, divulga os principais resultados do Consumer
Pulse Study, referentes ao terceiro trimestre (Q3) de 2021, apresentando o
impacto financeiro da pandemia de Covid-19 na vida das famílias brasileiras.
Embora um pouco melhor do que nos trimestres anteriores, a pandemia continua
com impacto financeiro significativo entre os entrevistados. Apesar disso, 53%
dos consumidores seguem esperançosos de que suas finanças se recuperem.
O Consumer Pulse Q3 2021 é baseado em
uma pesquisa com 1.100 brasileiros adultos, realizada entre os dias 16 e 19 de
agosto de 2021. O estudo aponta que 55% dos entrevistados tiveram queda de
renda devido à pandemia de Covid-19. Entretanto, houve uma redução de 2 pontos
percentuais em relação ao segundo trimestre de 2021 e de 5 pontos a menos,
considerando o primeiro trimestre.
“Os consumidores brasileiros continuam
enfrentando efeitos financeiros substanciais da pandemia, mesmo que tenhamos
visto algumas melhorias, principalmente em famílias de baixa renda”, diz
Claudio Pasqualin, diretor de Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil.
“Embora haja um ligeiro aumento na confiança do consumidor, muitos brasileiros
seguem preocupados em como pagar suas obrigações financeiras e outros hesitam
em solicitar novo crédito ou refinanciamentos.”
Famílias de baixa renda mostram algumas melhorias, mas ainda são as mais afetadas
Como o número de brasileiros que
relataram impactos financeiros negativos na pandemia diminuiu ligeiramente, as
famílias de baixa renda (inferior a R$ 1.000 mensal) demonstraram a maior
melhora. Desse grupo, 72% disseram que sua receita diminuiu devido à pandemia.
Apesar de alto, o número representa uma queda de 10 pontos percentuais em relação
ao último período da pesquisa. Isso se compara a 54% das famílias de renda
média (valor mensal entre R$1.000 e R$4.999), que não tiveram alteração nos
rendimentos em relação ao período anterior da pesquisa, e a 31% das famílias de
renda mais alta (R$5.000 ou mais por mês), comparado a 33% do trimestre
anterior.
A perda de emprego, juntamente com a
redução do salário e das horas de trabalho, continuam sendo as principais
razões para a mudança da renda familiar. Entre os entrevistados, 36% alegaram
que alguém em sua casa perdeu o emprego no último mês, contra 34% no último
período da pesquisa. Enquanto 30% indicaram que tiveram seu salário reduzido e
19% tiveram suas horas de trabalho cortadas.
Apesar desses retrocessos financeiros, a
maioria dos consumidores entrevistados (53%) classificou-se como esperançosos
sobre sua situação financeira, o que significa que, embora sua renda familiar
tenha diminuído, esperam que suas finanças se recuperem. Apenas 13% dos
consumidores disseram estar estáveis, o que significa que não houve queda na
renda familiar e as finanças em 2021 estão como planejadas. Já 24% estão no
“limbo” [1],
relataram que tiveram uma queda na receita durante a pandemia e estão inseguros
ou levemente duvidosos em relação à recuperação de suas finanças. Os
consumidores resilientes, definidos como aqueles cuja renda familiar tenha
diminuído durante a pandemia, porém já se recuperaram, representam apenas 6%
dos entrevistados da pesquisa.
Entre os que foram afetados pela pandemia,
93% expressaram preocupação com sua capacidade de arcar com suas contas e
empréstimos, e 57% de todos os consumidores impactados indicaram que não
conseguirão pagar pelo menos uma de suas contas e empréstimos. Entre as
famílias de menor renda, 63% consideram não conseguir pagar pelo menos uma de
suas dívidas, em comparação com 54% das famílias de renda média e 45% das
famílias de alta renda.
Consumidores mostram hesitação em
solicitar novo crédito, mas acreditam que ter acesso a estes produtos seja
importante
Mais da metade dos consumidores
pesquisados (52%) considerou solicitar novo crédito ou refinanciamento, mas
acabou decidindo por não fazer: 19% acreditam que sua aplicação seria rejeitada
por conta do seu histórico financeiro e outros 19% apostam que sua solicitação
seria negada devido à sua renda. Enquanto 62% dos consumidores acreditam que o
alcance ao crédito é extremamente ou muito importante para atingir suas metas
financeiras, apenas 43% acreditam ter acesso suficiente a produtos de crédito e
empréstimo.
“É claro que muitos consumidores que
querem ou precisam acessar produtos de crédito não os procuram porque temem não
serem aprovados. Esta é uma oportunidade para os credores chegarem a essas
pessoas com produtos sob medida para atender às suas necessidades, ao mesmo
tempo em que melhoram a inclusão financeira no Brasil”, acrescenta Pasqualin.
Apenas 36% dos entrevistados planejam
solicitar um novo crédito ou refinanciamento dentro de um ano. Dentro destes
36%, houve uma divisão de comportamentos entre as gerações. Por exemplo, quatro
em cada dez consumidores da Geração Z (40%) e 48% dos Millennials indicaram que
planejam solicitar novo crédito ou refinanciamento no próximo ano. Já entre as
pessoas mais experientes, esse interesse é de 31% dos entrevistados da Geração
X e 27% dos Baby Boomers. Há também uma divisão de renda, com os consumidores
de maior renda (R$ 10.000 ou mais) sendo mais propensos do que os outros a
solicitar crédito ou refinanciamento.
A atividade de fraude permanece estável
No terceiro trimestre de 2021, 18% dos
consumidores indicaram ter sido alvo de fraude digital. As mais comuns incluíam
cartões de crédito roubados ou taxas fraudulentas, o que representa 36% de
todos os esquemas relatados, seguido por golpes de vendedores terceirizados em
sites legítimos de varejo online, com 33%.
Embora todas as gerações tenham sido
alvo de tentativas de fraude, a Geração X esteve ligeiramente mais propensa a
isso do que qualquer outra geração, com 3% dizendo que sofreram fraudes, em comparação
com 2% para a Geração Z e Millennials e 1% para Baby Boomers.
Sobre a TransUnion (NYSE: TRU)
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[1] “Limbo” se refere à uma das perguntas do questionário aplicado na pesquisa.
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