Venda boas experiências digitais nesta Black Friday
por Stella Guillaumon*
Não é segredo que a Black Friday é uma
das datas mais esperadas por inúmeros e-commerces do setor varejista no país.
Segundo dados do E-commerce Brasil, somente no dia 26 de novembro de 2020, o
faturamento no comércio eletrônico alcançou R$ 3,1 bilhões, representando um
crescimento de 24,8% em relação ao ano anterior. Mesmo com a reabertura das
lojas físicas, o varejo online espera crescer este ano, uma vez que as vendas
do e-commerce brasileiro somaram R$ 53,4 bilhões no primeiro semestre de 2021,
de acordo com a Ebit|Nielsen.
Com a Black Friday que promete ser a
mais digital da história virando a esquina, preparar o comércio eletrônico para
receber um elevado número de acessos é só parte dessa equação. O “boom” do
consumo online fortaleceu os e-commerces e, com isso, o mercado tornou-se mais
competitivo. Logo, oferecer uma experiência digital positiva aos consumidores
que não se limite ao momento da venda passou a ser essencial.
Entretanto, muitas empresas já
descobriram que personalizar experiências digitais em escala não é tarefa
fácil. Além de uma boa estratégia com KPIs e metas bem definidas, o
investimento em tecnologias que suportem um alto nível de personalização da
jornada de compra do consumidor na pré, durante e no pós-Black Friday é
fundamental. Uma loja eletrônica pode ser planejada de forma brilhante em
termos de negócios, mas sem as soluções certas dificilmente ela será relevante
para seu público-alvo.
Entre as principais tecnologias que
podem ajudar os mais diversos canais eletrônicos a otimizarem sua experiência
do usuário está a inteligência artificial (IA), que por ser ainda pouco
utilizada no e-commerce pode trazer um diferencial competitivo para as marcas.
Mais do que um recurso, a IA se configura como um agente transformador na
otimização do comércio eletrônico, diminuindo a fricção do cliente na loja para
incentivar a efetivação das compras e proporcionar uma menor taxa de abandono
de carrinho.
Com apoio da IA, funcionalidades de
busca e recomendação de produtos, por exemplo, podem ser otimizadas em tempo
real de acordo com o perfil do usuário. Conforme levantamento da Findwise,
compradores online têm 91% a mais de probabilidade de usar o recurso de
pesquisa no site do que os usuários que só navegam pelas páginas. Já o
relatório da EConsultancy indica que 30% do tráfego de uma loja eletrônica
utilizam a pesquisa em sua jornada.
Outro recurso que pode ser utilizado no
desenvolvimento de uma loja eletrônica é o PWA, tecnologia híbrida para
desenvolvimento de sites e aplicativos com otimização de desempenho e design
responsivo, que permite que as lojas eletrônicas tenham uma navegação mais ágil
para os clientes, independentemente se estão navegando pelo app ou website.
Afinal, o comportamento do consumidor brasileiro é considerado multitela, o que
significa que um mesmo usuário pode pesquisar por um desktop e concluir a
compra pelo app, ou vice-versa.
É importante destacar que o crescimento
no digital não apenas atraiu consumidores de primeira viagem ao online como
também tem formado clientes mais exigentes. Dados da Ebit|Nielsen mostram que
só no primeiro semestre deste ano o e-commerce brasileiro registrou 42 milhões
de clientes, dos quais 6,2 milhões novos entrantes. Portanto, suportar a
operação e promover uma boa experiência de compra são um grande passo para os
comércios eletrônicos que querem se garantir nessa data tão significativa para
as lojas virtuais e reter o cliente nas outras.
*Stella Guillaumon é General Director Growth da Adobe para América Latina
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