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10 termos capacitistas que devemos parar de usar

Neste Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3/12) conheça frases para tirar do vocabulário e ter uma comunicação mais inclusiva e livre de preconceitos

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São Paulo, 2 de dezembro de 2021 — No próximo dia 3 é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, e a data leva a pensar sobre a evolução da sociedade no debate sobre acessibilidade e inclusão e no caminho ainda por percorrer. Há uma coisa que está em nosso alcance melhorar: a forma como nos expressamos. 

Para que a nossa comunicação seja cada vez mais inclusiva e livre de preconceitos, a Nova Escola convida a repensar alguns termos capacitistas, ou seja, frases usadas para referir-se de forma discriminatória a pessoa com deficiência e que insinue que a deficiência seja algo a ser superado ou corrigido, e que devemos parar de usar já. 

O glossário de termos capacitistas foi um dos primeiros resultados do grupo de trabalho de Acessibilidade e Inclusão da Nova Escola. Nós acreditamos que um dos primeiros passos para tornar um ambiente mais inclusivo é pelo vocabulário. Por isso, construímos esse material de forma colaborativa, refletindo sobre o motivo de esses termos serem capacitistas e buscando alternativas para eles”, conta Gabriel Faria, designer de UX e membro do GT de acessibilidade e inclusão da Nova Escola, negócio social voltado a apoiar e oferecer recursos para educadores e melhorar a Educação pública no Brasil.

Confira 10 termos capacitistas e suas alternativas:

1 - "Não ter braço para fazer isso"
O termo significa que não temos recursos ou pessoas suficientes para realizar determinada tarefa.
Como devo dizer: Não temos pessoas, não temos recursos, não tenho tempo ou condições.

2- "Dar uma de João sem braço"
Significa que a pessoa está se fazendo de desentendida, está com preguiça ou má vontade.
Como devo dizer: Se fazer de desentendido, fazer as coisas com má vontade.

3- "Que mancada"
Significa que alguém não cumpriu o esperado ou combinado.
Como devo dizer: Vacilo, desapontamento, deslize.

4- "Você está cego?"
Significa que a pessoa não está vendo ou percebendo determinada coisa ou situação.
Como devo dizer: Não está vendo? Não está percebendo?

5- "Cego de raiva"
Significa que a pessoa está repleta de ira, consumida pelo sentimento da raiva.
Como devo dizer: Com muita raiva, repleto de raiva.

6- "Estar como cego em tiroteio"
Significa que a pessoa está perdida e em situação de risco.
Como devo dizer: Perdido, sem saber o que fazer, sob alta pressão.

7- "Você está surdo?"
Significa que a pessoa não ouviu ou não se atentou ao que está sendo falado.
Como devo dizer: Não ouviu? Não me entendeu?

8- "Retardado, demente, lesado"
Significa que a pessoa está lenta, confusa, esquecida, sendo contraditória ou controversa.
Como devo dizer: Lento, confuso, esquecido.

9- "Fingir demência"
Significa que você entendeu algo, mas finge que não entendeu.
Como devo dizer: Se fazer de desentendido.

10- "Virou um hospício"
Significa que alguma situação ou lugar virou uma bagunça.
Como devo dizer: Virou uma bagunça, está um caos.

SOBRE A NOVA ESCOLA

A Nova Escola é um negócio social, sem fins lucrativos, que entrega conteúdos, produtos e serviços para apoiar, facilitar e valorizar toda a jornada do educador brasileiro. Sua missão é fortalecer educadores para transformar a educação pública brasileira e possibilitar que os alunos desenvolvam o máximo do seu potencial. Tem relacionamento com o segmento há mais de 30 anos e uma base de 1,5 milhão de usuários.

Nascida há mais de 30 anos, como uma revista especializada em Educação Básica com foco no ensino e aprendizagem, a Nova Escola vem investindo em ampliar os formatos e ferramentas que apoiam o dia a dia dos professores e gestores no Brasil. Entre as iniciativas, estão a oferta de cursos online, formações, planos de aula alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e conteúdos editoriais gratuitos e exclusivos para assinantes. 

Para apoiar os desafios diários dos educadores durante a pandemia da Covid-19, Nova Escola também está preparando conteúdos jornalísticos focados em temas relacionados ao isolamento; adaptando planos de aula para uso remoto e produzindo e oferecendo gratuitamente cursos e boxes para instrumentalizar o professor durante este momento.

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