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Líderes femininas inspiram outras mulheres para a área tech

Comunidades techs como porta de entrada para o público feminino na carreira de T.I

Silvia Coelho, fundadora da comunidade Elas Programam
Divulgação
 

A representatividade de mulheres no mercado tech é a prova de inspiração para aquelas que estão iniciando na carreira - que é conhecida pela alta presença masculina-, e também para uma parcela feminina que sofre diante da “falsa” diversidade dentro das empresas. 

Um dos principais fatores que impulsiona o aumento das meninas e mulheres na área de T.I é a educação, como destaque temos a {reprograma}, que ensina programação para mulheres em vulnerabilidade, com foco em negras, trans e travestis. Com o objetivo do projeto é ensinar programação e dar a oportunidade de um futuro melhor por meio da tecnologia para mulheres em situações de vulnerabilidade social, econômica e de gênero, preferencialmente negras e/ou trans e travestis, a startup social lançou no início de 2021,  o projeto Todas em Tech, em parceria com o BID Lab (Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento) e com o apoio das empresas: Accenture, Creditas,  iFood , Meta, iFood e Nubank.

As duas primeiras turmas do projeto, realizadas no primeiro semestre, capacitou 105 mulheres em front-end e back-end, sendo que 33  delas se autodeclaram pretas (27%), 51 pardas (42%); ou seja, 69% negras, e 10% trans ou travestis. Ainda existem duas turmas em andamento, com 81 alunas e  previsão para conclusão nos dias 20 e 21 de dezembro. 

As inscrições para as próximas três turmas do Todas em Tech estarão abertas a partir do dia 4 de janeiro de 2022. Para mais informações consulte o link:  https://reprograma.com.br/todas-tech/  

Além da capacitação em programação front-end e back-end, o Todas em Tech auxilia  no aprimoramento de competências comportamentais (soft skills) e no desenvolvimento de portfólio das alunas, para conectá-las ao mercado de trabalho. Inclusive, para promover ainda mais essa conexão, as alunas formadas têm acesso a uma plataforma que conecta empregadores e programadoras da {reprograma}.

 

Experiência feminina na área tech 

Para ressaltar esse cenário de oportunidades no setor de tecnologia por meio de histórias, Sílvia Coelho, ex-aluna da {reprograma} de 2017, fundou a comunidade Elas Programam - focada na carreira de mulheres em T.I - após a conclusão do curso, e tornou-se professora da startup social em uma das primeiras turmas online. 

“Sou a prova viva de que representatividade importa. Represento as mães que ficam afastadas do mercado de trabalho, mulheres maduras que estão em transição de carreira. Por meio da comunidade tenho a oportunidade de inspirar e incentivar outras mulheres a se apropriarem da sua própria história”, explica Silvia. 

Para a empreendedora, mulheres que contam sua própria história de sucesso e fracasso, sobre altos e baixos também é uma forma potente de inspirar, motivar e impactar. Um exemplo é ser mãe e conciliar com a carreira, como é o caso da Silvia, que depois de se dedicar 10 anos ao seu filho voltou a atuar na área tech.

 

Liderança também é sinônimo de representatividade

As líderes femininas tendem a lutar para promover o equilíbrio entre trabalho e família, que é um fator decisivo para a carreira. A presença de mulheres em cargos altos dentro das empresas é essencial para estabelecer a igualdade de gênero. Além disso, é possível observar resultados muito além do aspecto financeiro, Sílvia destaca três benefícios principais:

  1. Aumento do engajamento e a satisfação entre os colaboradores;
  2. Fortalecimento da reputação;
  3. Reconhecimento da marca. 

“É extremamente importante que nós mulheres nos apropriamos das características e habilidades que desenvolvemos ao longo da vida e possamos usá-las a nosso favor de forma estratégica, como diferencial”, explica a fundadora da comunidade Elas Programam. 

Muitas vezes, o público feminino é condicionado a lidar com as adversidades que surgem na rotina diária e isso torna-as excelentes líderes. Habilidades como: resiliência, empatia, flexibilidade, são características ditas femininas, que contribuem muito para o clima organizacional, para obter melhores resultados e tornar o ambiente de trabalho mais saudável. 

Se movimentar dentro e/ou fora das empresas para conscientizar o mercado, propor soluções para mudanças reais e efetivas também é uma outra forma de impactar. Além disso, a participação ativa em comunidades, com a troca de experiências, compartilhando conteúdos, tirando dúvidas e palestrando, por exemplo, pode ser uma via para o público feminino se fortalecer quando o assunto é carreira. 

 

O papel das comunidades tech na carreira de mulheres em T.I

Bem como a {reprograma} e o Elas Programam, as comunidades tech têm um papel importante na vida das mulheres que optam pela carreira de tecnologia, pois há uma responsabilidade de passar experiências e começar a planejar o futuro profissional de meninas e mulheres.

Silvia conta que em 2017, ela criou no Facebook um grupo para inspirar e ajudar mulheres interessadas em aprender a programar, com o nome Elas Programam. A ideia partiu de um post com a seguinte mensagem: "Procuro uma mina em São Paulo que dê aulas de programação. Não sei nada, mas quero ser desenvolvedora. Alguém me ajuda?”.

“Na época não dava aulas de programação, mas ofereci para ajudar e, na mesma hora, várias mulheres também queriam ajuda para aprender a programar. Fiquei impressionada com a repercussão da minha mensagem e de lá surgiu uma vontade de fazer algo para apoiar mulheres na área de tecnologia”, comenta. 

Em menos de 12 horas, mais de 200 mulheres estavam participando e em menos de dois meses o número mais que dobrou, atingindo a marca de 500. Com o passar do tempo, o Elas Programam conquistou um público com mais de 50 mil pessoas para a divulgação de oportunidades e um braço de negócios voltado para consultorias e projetos de Employer Branding para marcas e empresas.  

Para continuar ajudando o público feminino, a comunidade tech compartilha conteúdos, como: artigos, cursos, eventos, material de apoio para estudo, divulgação de vagas, conexão com outras iniciativas - {reprograma}, por exemplo-, além de dividir angústias e dúvidas sobre como se manter firme  na área. 

“O maior papel da comunidade é o respeito mútuo e o compartilhamento de histórias de mulheres que inspiram e motivam a seguir em frente”, finaliza Silvia. 

 

{reprograma} firma parceria com outras comunidades tech

Ciente da importância das comunidades de programação para promover equidade de gênero em tecnologia e, consequentemente, transformar o mercado em uma área mais diversa e inclusiva, em 2021, a {reprograma} estreitou o relacionamento com seis iniciativas para apoiá-la nas redes sociais, oferecer treinamentos, workshops, entre outras ações, para mulheres em todo o território nacional.

Cléo Almeida
Divulgação

“Acreditamos que o alcance dessas comunidades irá possibilitar impactar mulheres de todas as regiões do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste , que fazem parte do nosso público-alvo. Somos um time enxuto e precisamos juntar forças com outras comunidades. De um lado, a {reprograma} oferece um programa de capacitação, com foco em empregabilidade, que conta com um time de professoras e mentoras, além de toda a infraestrutura necessária. Do outro, as comunidades têm braços, olhos e ouvidos e podem nos ajudar a levar a {reprograma} para lugares onde talvez, hoje, não estejamos chegando”, destaca Cléo Almeida, Gerente de Comunidades da startup social.

As seis comunidades parceiras da {reprograma}, são: Byte Girls, Coque Conecta, Developer Girls, Instituto Paramitas, Manas Digitais e Pretas & Nerds.

 

Sobre a {reprograma}

Fundada em 2016, pela peruana Mariel Reyes Milk e suas sócias Carla de Bona e Fernanda Faria, a startup social paulistana que ensina programação para mulheres, priorizando as negras e/ou trans e travestis, por meio da educação, tem o objetivo diminuir a lacuna de gêneros na área de T.I. A {reprograma} possui parceria com grandes empresas como Accenture, Creditas, Facebook, iFood, entre outras. Mais informações no www.reprograma.com.br

Sobre o Elas Programam

Fundada em 2017, pela Sílvia Coelho, paraense de 47 anos, mãe de dois, Mestre e Graduada em Engenharia Elétrica, a comunidade tech Elas Programam que possui mais 50 pessoas nos canais digitais,  e ajuda a promover a carreira tech de meninas e mulheres de todo o Brasil. Saiba mais em: https://elasprogramam.com.br

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