2022 off road - Mais um ano de desafios fora da rota
Boas práticas e dicas de 3 agências que
conseguiram repensar estrategicamente suas soluções e ainda dar e distribuir
lucro em 2021
2022 off road – Mais um ano de desafios fora da rota
Boas práticas e
dicas de 3 agências que conseguiram repensar estrategicamente suas soluções e
ainda dar e distribuir lucro em 2021
É inegável que existem oportunidades nas
crises e que algumas empresas conseguem
enxergar diferentes caminhos, se destacando mesmo em um
cenário de caos, como o que ainda passamos. A questão é que no mercado de Live Marketing isso tem sido
mais constante do que deveria. E isso não é bom, pois a ausência de bons
resultados coletivos enfraquece as agências, e agências frágeis representam um mercado frágil. Sem um
mercado estruturado e forte, empresas, empresários e
empresárias passam a lutar de forma isolada, perdendo tração para
crescer, gerar empregos e evoluir de forma
sustentável.
Por isso, o objetivo deste artigo foi
bater um papo com as lideranças de agências que
conseguiram navegar de forma positiva em 2021 para
que experiências pudessem ser compartilhadas, e
a partir delas saber o que fizeram e, principalmente, o que não fizeram para
conseguir ressignificar seus negócios e, ao mesmo tempo, manter
os produtos e serviços de seus clientes conectados ao
público.
Compartilho, então, as dicas e sugestões de Claudia Lorenz (sócia fundadora da
um.a), Igor Tobias (managing director
da MCI) e Paulo Farnese (sócio fundador da Eaí?!). As três agências são
associadas à Ampro e atuam em todo o Brasil a partir de suas sedes em São
Paulo. Além de apresentar resultados positivos, as três também reúnem em comum
o fato de terem distribuído bônus aos
colaboradores no ano passado e estarem, de forma responsável, recontratando
profissionais em 2022.
E, como toda transformação
que gera resultados começa de dentro para fora, pedi para as agências
comentarem como foi engajar e liderar seus times em 2021:
“Para a
Eaí?!, não
existe Live marketing sem pessoas. É gente
cuidando de gente em todas as pontas. E o
segredo na Eaí?! Em
toda sua trajetória, com foco especial nos últimos dois anos, é dar liberdade para time e
parceiros trazerem ideias, sugestões e tendências que, através de metodologia
adequada, são compartilhadas
com toda a agência,
sempre tendo o foco em proporcionar a melhor experiência de conteúdo entre
marcas e pessoas.
Desse modo,
garantimos a uniformidade do conhecimento e, por consequência, uma entrega com
o selo de um dos nossos principais assets: excelência na execução”, informa Paulo Farnese.
Esse formato
de trabalho fez da Eaí?! uma das mais premiadas agências do país em 2021, com
quatro megafones de ouro do Prêmio Live, quatro jacarés de ouro do Prêmio Caio
e uma prata no Ampro Globes Awards.
“Na
um.a, desde o momento que tivemos consciência da gravidade deste cenário
pandêmico, fizemos um pacto de alinhamento com os colaboradores. Definimos
compartilhar semanalmente, com toda a equipe reunida, os desafios e as
conquistas da agência. Escolhemos não resistir às mudanças, ao invés disso buscamos fazer parte ativa delas.
Evidenciamos a importância de cada um,
incluindo e ouvindo a todos. Entendíamos que,
se não tínhamos o poder para mudar aquela situação de crise, tínhamos o dever
de amortecer os impactos, evitar danos, principalmente para a equipe”, Revela Claudia Lorenz.
Para Igor Tobias, da MCI, todo esse processo
de transformação foi inevitável e identificou três comportamentos nas pessoas.
O “early adopter”, aquele que abraça e aprecia aprender coisas novas. O que
nega, se revolta com a mudança e até joga contra. E uma maior fatia das pessoas, que têm algum nível de
dificuldade, mas que com ajuda, estímulo e treinamento se adaptarão. Sua sugestão é investir
nesse terceiro grupo estimulando-os a serem curiosos, criativos e, se possível, dar-lhes protagonismo.
Igor também acredita que os
colaboradores da MCI estavam prontos para a transformação digital: “E isso se traduziu não
apenas no formato de trabalho, mas também nas soluções que oferecemos para os
clientes. Hoje a agência é mais leve, mais saudável, mais rentável e com um
portfólio de soluções
mais completo”.
Sobre as estratégias
de fidelizar e atrair clientes e bons negócios, durante a crise, as agências entendem que:
Para a um.a,
a criação de experiências online e humanas conseguiram
manter os clientes conectados aos seus colaboradores e consumidores. “Para cada
desafio de isolamento, apresentamos soluções off road de conexão. Com todo o mercado parado, cancelando ou
adiando projetos, decidimos investir em tecnologia e criamos, em tempo recorde, uma plataforma de
streaming própria. Se não era possível reunir os clientes nos grandes centros
ou eventos, o caminho era levar as soluções de forma segura e atrativa até
eles. Se o formato online corporativo não engajava, o entretenimento era a
linguagem. Se o evento online tivesse
restrições, mostrávamos que ele, de forma digital, poderia incluir mais gente.
Ajudamos o cliente a entender que o jogo tinha mudado e o convidamos a enxergar
o lado positivo da mudança”, completa Lorenz.
Em 2020 a Eaí?! agiu com extrema
agilidade em entender que os eventos online seriam a
única oportunidade de atravessar a crise com
bons resultados, tornando-se uma das pioneiras do segmento em desenvolvimento
de eventos online com uma plataforma proprietária.
“Já em 2021, com a Smartlive (plataforma
proprietária) solidificada no mercado, resgatamos mais uma vez nosso propósito
de garantir, de ponta a ponta, a melhor experiência de
conteúdo, tanto para nossos clientes quanto para o público de nossos clientes.
O ponto de partida foi o aprimoramento das soluções
e ferramentas, criando, com grande diferencial de inovação, o Metaverso interativo,
com diversos conteúdos e estratégias gamificadas, já no início do ano. Com isso, focamos todos os esforços em buscar tendências e inovações
sempre com cuidado na execução, tornando possível que os clientes incorporarem
esse pilar de inovação com entrega impecável”, revela Paulo Farnese.
Para Igor Tobias, da MCI, “A primeira ficha que caiu
foi lembrar do nosso propósito, que é fazer o que fazemos, porque, quando as pessoas se
encontram, a mágica acontece e transformamos o mundo. Ou seja, nós simplesmente
lembramos que os nossos clientes, com ou sem pandemia, continuavam existindo e
que a dor deles não tinha mudado, ou seja, eles precisavam continuar ativando
suas audiências, comunicando, conectando marcas e pessoas. A partir daí veio a
ampliação das nossas soluções, com as quais podemos
dizer que nos tornamos uma empresa que ativa audiências em multiplataformas.
Acompanhados dessa mentalidade vieram também treinamentos, diversas conversas
difíceis e algumas boas com clientes, renegociação de contratos, modelos de
precificação, gestão descentralizada e muitas outras ações que fizeram parte
dessa transformação”.
Para concluir,
os responsáveis pelas operações de sucesso dessas agências deixaram suas contribuições de como podemos
agir para fortalecer o mercado a partir do que fazemos isoladamente em nossas
empresas.
Para MCI é preciso fazer escolhas (e
algumas serão,
sim,
doloridas). Lembram-se dos tais relacionamentos tóxicos pelos quais todo mundo já passou? Pois é, no mundo corporativo também
temos alguns. “Podem ser clientes, fornecedores e até colaboradores.
Identifique-os e ‘rescinda
o contrato’. Também é importante não esquecer
do propósito. Às
vezes entramos no modo automático e esquecemos o porquê de fazermos o que
fazemos”,
completa Igor.
A um.a acredita
que é
importante continuar apostando em gente diversa e tecnologia para desenvolver o
mundo virtual e,
assim, aumentar
o portfólio de soluções para os clientes. É
preciso garantir, cada vez mais, ambientes seguros de trabalho para que todos possam ser, de fato, quem são. Deixar as
pessoas trabalharem em paz, focar no resultado do trabalho delas, e não no
esforço, nas rotinas ou nas burocracias que as
fazem gastar tempo e paciência. Por isso, o home office também veio para ficar.
Paulo Farnese,
da Eaí?!, entende
que, sem dúvida, é essencial direcionar os esforços para uma gestão humanizada e
orientada para resultados, sem deixar de lado o cuidado com o clima e ambiente de
trabalho — o
que em tempos de home office é um grande desafio, pois ter o time distante dificulta a vivência dos valores
da agência. Por
isso, todo
esforço para cuidar das pessoas é bem-vindo.
Os relatos acima nos alertam de que é vital pensar mais estrategicamente no negócio da agência.
Sobreviver não é plano estratégico. Negócio tem que dar lucro, tem que
desenvolver pessoas, tem que evoluir. Cuidar bem do seu negócio, defender e
zelar pela saúde financeira de sua agência é um excelente sinal de que sua empresa está no caminho certo para ajudar de forma
estratégica e alavancar os resultados dos seus clientes.
Por isso é preciso aprender a dizer não.
Parar de bancar,
previamente, com
recursos próprios as operações ou os projetos dos clientes. E isso é muito
amplo, pois as agências estão sempre bancando sozinhas os riscos. E fazem isso
quando entram em concorrência com vários competidores, quando aumentam a
infraestrutura ou contratam novos profissionais, antes mesmo de saber se vão
ganhar o Job/BID. Quando
praticam valores mínimos para sobreviverem ou quando aceitam receber em 90/120
dias sem negociação de taxas de financiamento. Definitivamente, em nosso
mercado, tamanho não é mais sinônimo de força, temos que ser enxutos.
As três agências aqui entrevistadas
também tiveram em comum uma redução superior a 50% de suas infraestruturas
durante o período de travessia que todo o mercado passou. E, mesmo focadas em manter
suas operações enxutas, planejam voltar a crescer e contratar novos
colaboradores para atender à demanda de seus clientes em 2022. Sobre o faturamento, elas
preferem não arriscar números, até mesmo porque as bases são outras. É outro mercado. Para
essas agências, o que vai garantir bons resultados no final do dia é continuar enxutas, agir de forma colaborativa e sempre estar
de olho nos bons clientes, aqueles que reconhecem o valor de suas agências.
Para elas, os clientes que valem a pena são aqueles que entendem que um bom
negócio precisa fazer bem para todo mundo.
Sobre a MCI
A MCI possui mais de 30 anos de
experiência na construção de comunidades, através de equipes presentes em mais
de 60 escritórios em 31 países. Disposta a transformar os desafios em
oportunidades e de forma estratégica. Atua como consultora e parceira, e já
entregou mais de 5.500 campanhas e ativações para mais de 1.200 clientes ao
longo dos anos.
Sobre Eaí!?
Em 5 anos, a Eaí!? trabalha para
revolucionar. Nosso foco está em desenvolver ações que proporcionem o CONTENT
EXPERIENCE, levando o target em uma jornada incomparável capaz de gerar histórias. Um
formato que já alcançou milhões de pessoas através de eventos, campanhas de
incentivo, ativações e promoções para algumas das maiores empresas do país como
Whirlpool, BMG, Heineken, iFood, Alpargatas, Unilever e Raízen.
Sobre a um.a
Com mais de 26 anos, a um.a
#DiversidadeCriativa está entre as mais estruturadas agências de live marketing
do Brasil, especializada em eventos, incentivos e trade. Entre seus principais
clientes estão Atento, B3, BMG, BMS, Carrefour, Corteva, Hering, Ifood,
Intercement, KWS, Mapfre, SBT, Tigre, Pearson, entre outras. Ao longo de sua história, ganhou mais de 40
“jacarés” do Prêmio Caio, um dos mais importantes da área de eventos.
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