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Vagas na área jurídica crescem, mas quase 40% dos candidatos não participam de processos seletivos por falta de inglês fluente

Levantamento foi realizado pela consultoria Bold HR e aponta que mais de 30% dos currículos recebidos para cargos seniores são descartados 

 

Em um ano com boas perspectivas para as contratações na área jurídica, principalmente em especialidades como Fusões & Aquisições e áreas transacionais, os recrutadores têm esbarrado em um desafio: candidatos com bom nível de inglês.

 

Em levantamento realizado pela consultoria Bold HR, entre 30% a 40% dos currículos recebidos pela empresa para as vagas na área jurídica acabam não concorrendo aos cargos mais seniores por não atenderem ao nível de inglês requisitado para a posição.

 

“Em um mercado com atuações cada vez mais globalizadas, um bom nível de inglês não é apenas um diferencial, mas um pré-requisito essencial para o desempenho de determinadas funções em uma organização. Para ocupar posições de liderança em empresas ou escritórios, o advogado precisa desenvolver habilidades além do conhecimento técnico do Direito. É preciso, cada vez mais, entender o negócio como um todo e investir na fluência de outros idiomas”, explica Maria Eduarda Silveira, headhunter e CEO da consultoria de recursos humanos Bold HR. 

 

A recrutadora acrescenta que dentre as áreas que têm tido destaque neste período de ascensão, a de Fusões e Aquisições volta a estar em evidência após um intervalo de retração, especialmente no middle market e, também, por conta do câmbio favorável aos investimentos estrangeiros no país. Além da importância de conhecer o processo de ponta a ponta, ter um bom nível de inglês é fundamental, já que as comunicações com terceiros permeiam todo o processo.

 

Além disso, muitas empresas estão de olho em profissionais do direito, seja para negociar contratos, fazer interface com os stakeholders ou até implementar políticas de proteção e privacidade de dados nas companhias.  Dentre os setores em alta, destacamos os segmentos de tecnologia, farmacêutico, logística e agronegócio. Todos eles, na sua grande maioria, com interface internacional, nas quais os profissionais com bom nível de inglês tendem a ter mais chances, não apenas no processo de seleção, mas no seu próprio desenvolvimento dentro da estrutura.

 

“Desenvolver a capacidade de comunicação e ser um bom negociador são características muito relevantes dentro deste perfil, no qual, na maioria das vezes, um ótimo conhecimento do inglês também se torna imprescindível, pois a todo tempo este profissional  estará em contato com um terceiro para garantir um bom negócio à empresa”, ressalta Silveira.

 

Ser honesto em relação ao nível de conhecimento do inglês no currículo e nas entrevistas, além de ser o esperado, é sempre o melhor caminho quando o assunto é preservar sua reputação profissional e criar um plano de aprendizado é a dica para quem almeja alçar voo na área.

 

“Sabemos que o aprendizado de um novo idioma exige dedicação e leva certo tempo até estar bem consolidado, por isso, a recomendação é não deixar para depois. Ao priorizá-lo a pessoa estará investindo em bases sólidas para uma evolução de carreira e terá melhor chances e margem de negociação em entrevistas”, conclui a headhunter.

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