A importância da economia laranja para o mercado criativo
por Thiago Tieri*
Você já ouviu falar na economia laranja?
A cor e o nome representam a criatividade, habilidade, cultura e inovação. O
termo surgiu quando o autor especializado nesta economia, John Howkins,
publicou o livro The Creative
Economy: How People Make Money from Ideas, em 2001 - a primeira vez
que o conceito foi mencionado em um livro.
Segundo Howkins, a economia laranja ou a
economia criativa, pode ser definida em segmentos de bens e serviços, sendo
eles: design; artes visuais e cênicas; artesanato; audiovisual; arquitetura;
cultura e lazer; pesquisa e desenvolvimento; publicidade e propaganda,
tecnologia da informação e comunicação.
No Brasil, a Secretaria de Economia
Criativa existe desde 2012, sendo responsável por 10% do Produto Interno Bruto
(PIB) atualmente. Segundo o levantamento do Observatório Itaú Cultural (que
aborda desde o terceiro trimestre de 2020 até o terceiro trimestre de 2021),
foram criados cerca de 868,3 mil empregos no país. A pesquisa ainda conta com
outros dados importantes - onde 63% dos trabalhadores da economia criativa têm
trabalhos formais e 37% deles são trabalhadores informais. Os setores que mais
cresceram foram de tecnologia da informação e o segmento editorial e o que
menos cresceram foram de museu e patrimônios.
Penso que esta economia ao mesmo tempo
que traz a possibilidade de novas culturas e diversidade por atender muitos
segmentos, também passa por diversos desafios por conta da falta de
investimentos por parte de empresas e governo, além das crises econômicas no
país que consequentemente afetam o setor sociocultural. Vale lembrar que no
momento atual estamos em meio à pandemia da Covid-19.
Por conta disso, vejo que a economia
laranja tem se tornado mais digital, principalmente quando pensamos em como o
mercado audiovisual e o setor de games estão sendo o grande destaque por meio
das plataformas de streamings, sendo algo positivo para a indústria de
entretenimento.
Assim, profissionais que atuam em áreas
como arquitetura e urbanismo, artesanato, comunicação ou artistas que trabalham
com design, ilustração, desenhos 3D, desenvolvimento de games, animação,
quadrinhos, fotografia, entre outros, precisam de tecnologias que os auxiliam
durante o momento de trabalho. No entanto, já existem inovações tecnológicas
disponíveis como: mesas digitalizadoras, monitores interativos, notebooks,
tablets, câmeras fotográficas, além de programas e softwares que facilitam o
trabalho e dão suporte a esses equipamentos.
Vou além ainda: outra inovação que vai
impulsionar o mercado são as NFTs (“Token
não fungível” ou um tipo diferente de token criptográfico), pois
terão um grande impacto nos setores da economia criativa. Em resumo, com a NFT
vamos trabalhar com a representação digital de um ativo – como uma obra de
arte, por exemplo – registrada em uma blockchain, que permitirá que uma (ou
mais pessoas) tenham direito sobre aquela obra (ou um pedaço da obra). Podemos
estender isso para além das obras de arte, envolvendo games, áudio e vídeo,
foto, entre outros.
Apenas em 2021, cerca de US$ 23 bilhões
foram movimentados com NFT, provando que já estão revolucionando a economia
criativa e trazendo uma nova forma de monetizar os trabalhos de artistas
digitais.
Trabalhar diretamente todos os dias com
o público relacionado a economia laranja traz um novo aprendizado a cada dia.
Poder incentivar o mercado criativo, através de campanhas, parcerias e
investimento, mostra a importância do setor para as pessoas a sua volta.
*Thiago Tieri é Gerente de Marketing da
Wacom no Brasil.
Sobre a Wacom
Fundada em 1983, a Wacom é uma empresa
global com sede no Japão (Bolsa de Valores de Tóquio: 6727) com subsidiárias e
escritórios afiliados em todo o mundo para apoiar comercialização e
distribuição em mais de 150 países. A visão da Wacom de aproximar pessoas e
tecnologia por meio de tecnologias naturais de interface tornou-a a fabricante
líder mundial de tablets e displays interativos para canetas, além de stylus
digitais e soluções para salvar e processar assinaturas digitais. A tecnologia
avançada dos produtos da Wacom é usada para a criação de artes, filmes, efeitos
especiais, animação, moda, na educação e design e fornece aos usuários
corporativos e domésticos sua tecnologia de interface líder para expressar
ideias e criações. Para mais informações: www.wacom.com.
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