Audiovisual: os desafios e o impacto das redes sociais para a publicidade
Especialista indica as tendências do setor por
meio de plataformas que viraram febre entre usuários e influenciadores digitais
Audiovisual: os desafios e o impacto das
redes sociais para a publicidade
Especialista indica as tendências do
setor por meio de plataformas que viraram febre entre usuários e
influenciadores digitais
As redes sociais revolucionaram a forma
como as pessoas se comunicam ao possibilitar conexões que até então eram
inimagináveis. Do Orkut até chegar ao Tik Tok, as pessoas aprenderam formas
direfentes de manter redes de contatos, enquanto que do SMS a aplicativos como
o WhatsApp foram criadas formas dinâmicas de se comunicar por mensagem de
texto, chegando ao que temos hoje - com compartilhamentos rápidos de imagens,
vídeos e áudios. Na publicidade não é diferente e ela também teve que se
adaptar a nova era.
Na era digital, mais do que
absorver as propagandas, o público passou a opinar de forma crítica sobre elas
e a produzir de forma espontânea conteúdos como os “memes” que passaram a ser
introduzidos nas peças publicitárias. O resultado dessa troca é que a
relação entre o público e as marcas se estreitaram de tal forma que até
mesmo o jeito de se fazer e pensar propaganda mudou.
Empresas que se atentaram a essa
mudança, saíram na frente e já estão colhendo os frutos desse investimento.
Para se ter uma ideia do tamanho deste mercado, somente o Instagram movimentou
em 2019 cerca de US$ 20 bilhões com anúncios. Isso tudo bem antes da pandemia
da Covid-19 se instalar e potencializar ainda mais todo o setor de vendas
online.
“A pandemia, colocou em xeque as
empresas que não tinham presença digital. Com o fechamento de quase tudo para
conter o avanço do vírus, o público agora estava em "casa" e o acesso
às redes sociais explodiu, juntamente com a demanda de compra via e-commerce.
Trazer uma boa imagem do seu produto através de uma foto ou um vídeo
explicativo, passou a ser mais que- fundamental. Em função disso, transmissões
ao vivo e ações voltadas para reuniões virtuais, trouxeram para o mercado
audiovisual, novas possibilidades”, explica Rafael Lage, CEO da trilha 91.
Esses novos formatos vieram para ficar e
já fazem parte de um novo comportamento do público em geral. Hoje, o pensar da
estratégia de comunicação de uma empresa ou produto, passa por uma estruturação
digital completa e focada em gerar conteúdos para cada tipo de plataforma,
visando a melhor entrega dos algoritmos.
Um estudo divulgado pela Kantar IBOPE
Media revelou que cerca de 99% dos brasileiros assistiram a plataformas de
streaming, TV, lives, redes sociais e videochamadas diariamente no período de
isolamento - o que aumentou o interesse no pelo consumo de vídeos.
“As redes sociais, proporcionam um
imenso campo para que a confiabilidade alcance uma escala gigantesca através
das redes de contato que elas conectam. Inclusive, entregando algo extremamente
customizado em função do uso de algoritmos de análise de informações que os
usuários disponibilizam nessas plataformas. A partir disso, o conteúdo
audiovisual começa a se adaptar aos formatos propostos pelas plataformas das
redes sociais como sendo um novo e cada vez mais poderoso meio de alcançar o
público em qualquer hora e local, já que todos estamos 24 horas por dia
conectados através dos nossos celulares”, pontua Lage.
Em meio a essa revolução, as marcas
precisam estar atentas para se manterem relevantes. Pensar estratégias de
comunicação que envolvam principalmente a produção de vídeos, tendo em vista
que a entrega ao público é muito maior. Um exemplo disso é observar o
quanto o Tik Tok ou Reels do Instagram cresceram. As marcas precisam
estar mais perto do público criando conteúdos que se conectem a ele. O
marketing de influência, por exemplo, tem sido uma arma bastante poderosa e por
vezes, mais efetiva, se comparada aos comerciais de TV e rádio. Se
a marca tiver seu próprio canal de vídeos bem produzido, ela pode criar uma
conexão ainda maior com seu público e que consequentemente favorece a compra de
seus produtos.
Embora seja uma linguagem mais
descontraída e próxima do público, se engana quem pensa que produzir esse tipo
conteúdo é algo tão simples quanto um post nas redes sociais. Por ser muito
dinâmico, o desafio é acompanhar as mudanças dos formatos dos conteúdos em
relação ao tempo e a entrega do algoritmo.
“Por vezes, nós trabalhamos a venda de uma produção com argumento focado na forma de impulsionar o conteúdo que muda no meio do processo. Já tivemos casos de mudança de estratégia em função disso. Outra questão é o número de formatos de vídeos diferentes para a entrega orgânica e paga. Acaba que geramos um número enorme de versões de vídeos que precisam ser bem administrados para que o conteúdo performe bem. É fundamental além de uma boa produção de fotografia e vídeo, que exista também uma equipe que faça esse conteúdo ter um bom desempenho através do planejamento das postagens”, conclui Lage.
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