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Como a integração entre o gerenciamento do Ciclo de Vida do Software (SLM) e a Modernização de Aplicações garantem uma gestão mais efetiva ao negócio?


Por Cleyton Leal e Gabriela Camano

Atualmente, é perceptível a aceleração dos investimentos na área de tecnologia dentro das empresas, a fim de suportar a operação e o crescimento dos negócios de maneira sustentável. Nos últimos anos, as organizações passaram a investir em diversos tipos de ferramentas e serviços, ampliando a competitividade no mercado e o nível de exigência para aqueles que desejam estar em conformidade com os padrões mais atuais de serviços digitais. No entanto, existem dois pontos essenciais para efetivar qualquer jornada de evolução digital. Trata-se da Modernização de Aplicações (App Modernization) e o gerenciamento do Ciclo de Vida do Software (SLM).

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) revelou que a indústria de tecnologia no Brasil cresceu 22,9% em 2021, com um investimento em torno de R$ 200,3 bilhões. Além disso, de acordo com uma recente pesquisa divulgada pela consultoria Deloitte, com a participação de 500 empresas cujas receitas equivalem a 35% do PIB brasileiro, a infraestrutura tecnológica e a modernização ou aquisição de novos aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão estão entre os principais investimentos tecnológicos das empresas em 2022, sendo mencionados por 96% dos entrevistados.

Para todas as empresas que decidem investir fortemente em suas áreas de TI, existem alguns entraves que precisam ser resolvidos. O principal deles está relacionado ao alto custo dos projetos de serviços tecnológicos. É preciso realizar uma atualização de softwares legados, além de investir em novos recursos e tecnologias disruptivas para otimizar os processos da organização e oferecer maior celeridade para a produtividade de seus colaboradores.

Como o SLM e o App Modernization podem oferecer uma gestão mais efetiva ao negócio?

Ao realizar uma gestão mais efetiva dos softwares, as empresas podem economizar anualmente até 30% de seus investimentos, segundo o Gartner. O gerenciamento do ciclo de vida do software (SLM) atua desde o inventário, até as etapas de licenciamento. Com a realização de um mapeamento de todos os licenciamentos da empresa e suas implicações, como multas rescisórias, falta ou excesso de licenças por exemplo, é possível oferecer um diagnóstico preciso para prosseguir com a melhor opção de projeto de melhoria do que pode ser utilizado.

Desta forma, com o processo estruturado, a área de TI é capaz de gerenciar, qualificar e garantir os melhores investimentos em tecnologia. Assim, além de estar em conformidade com o fabricante, é possível maximizar a redução de custos e otimizar os investimentos. Ou seja, as empresas deixam de investir e comprar licenças desnecessárias, optando por fabricantes ou novas tecnologias que sejam mais modernas e eficientes, deixando o processo menos oneroso e focando em outras áreas estratégicas da empresa.

Ainda durante o processo de assessment, outros pontos críticos são avaliados, tais como o melhor caminho para economizar capital, como estar em compliance com os fabricantes e licenciamentos, a maneira ideal para quitar algum débito técnico, e a necessidade de modernizar ou trocar alguma aplicação. Nesse contexto, o App Modernization entra em prática quando a empresa já possui uma tecnologia específica e que naquele momento não valeria a pena comprar uma nova.

Para modernizar as aplicações, sempre são avaliados dois critérios: o valor de negócio e a qualidade técnica. Portanto, uma aplicação com condição técnica e baixo valor de negócio, por exemplo, exige um esforço maior para modernizar e um investimento que provavelmente será perdido rapidamente. Neste caso, as melhores opções são descontinuar a aplicação, aposentá-la e substituí-la, não apostando em sua atualização. Por outro lado, se a qualidade técnica de uma aplicação é alta, mas o valor de negócio é baixo, a melhor opção é mantê-la desta maneira. Agora, com um valor de negócio alto, mas uma qualidade técnica baixa, é altamente indicado realizar a modernização da aplicação, bem como quando ambos os critérios são altos, gerando assim uma otimização ao serviço.

A partir de todo esse mapeamento e avaliação técnica, a empresa passa a ter um diagnóstico preciso do que deve ser modernizado ou não, ou ainda, das aplicações que precisam ser substituídas. Em conjunto com o assessment realizado pela área de SLM, é possível obter uma visão ampla da situação tecnológica da companhia, bem como entender qual é o melhor momento e quais as consequências para cada ação a ser tomada.

Benefícios da integração entre o SLM e a Modernização de Aplicações

Ao iniciar um serviço de diagnóstico, mesmo como forma de prevenção, a organização já consegue reduzir alguns consumos, e após a aplicação dos projetos definidos, garante mais agilidade, segurança, qualidade e flexibilidade aos seus processos. Além disso, a realização dos processos de SLM e App Modernization em conjunto permite que a empresa invista mais recursos tecnológicos de ponta, agregando novas funções com facilidade, elevando a sua competitividade no mercado, uma vez que a produtividade da empresa é altamente impactada.

A integração entre o gerenciamento do Ciclo de Vida do Software (SLM) e a Modernização de Aplicações oferece às companhias um panorama completo de seu estado atual e um cenário sobre seu estado desejado para o futuro, assim como um plano mais assertivo para chegar a este resultado, provendo novas tecnologias ou serviços modernizados que estejam aderentes às necessidades de cada negócio. Por fim, a economia gerada na empresa pode viabilizar a utilização de budget para outros setores, realocando capital para pontos que sejam mais críticos para o negócio.  


Cleyton Leal é Líder de Serviços de Aplicativos e Gabriela Camano é Diretora de Gerenciamento de Ciclo de Vida de Software, ambos da SoftwareONE, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.

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