Conectados: Veja como preparar crianças para tendência do ensino a distância
Créditos - Fotos ilustrativas pixabay
Devido
à pandemia da Covid-19, os cursos de ensino a distância (EAD) no Brasil
receberam mais matrículas do que os presenciais, tanto na rede pública quanto
na privada, em 2020. Para os pais e educadores surge o desafio: como preparar
as crianças para esse mundo quase 100% virtual? A escola Teia Multicultural
desenvolveu uma solução para preparar os alunos para o futuro online.
De
acordo com Censo da Educação Superior 2020, publicado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da
Educação (MEC), em fevereiro deste ano, dos mais de 3,7 milhões de ingressantes
de 2020 (instituições públicas e privadas), mais de 2 milhões (53,4%) optaram
por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%), pelos presenciais.
Para
o diretor Administrativo da escola Teia Multicultural, Lucas de Briquez, não é
preciso olhar para o futuro para perceber que esse mundo virtual, que não é
paralelo e sim intrínseco ao nosso mundo real, já existe e faz parte do nosso
cotidiano.
“A
educação, seja ela formal ou informal, é composta por diversas formas de
desenvolvimento humano, e entre suas funções está a de levar e desenvolver
conhecimento. Com a pandemia, todas as escolas tiveram que migrar para o ensino
remoto, que já era comum nos estudos de nível superior, mas incomum até então
no contexto escolar”, relembrou.
Educação
em ação!
Lucas
lembrou que, desde o ano passado a escola Teia Multicultural começou a praticar
alguns formatos diferentes de ensino híbrido, com a intenção de manter as
experiências significativas que somente o ensino presencial pode proporcionar,
ao mesmo tempo em que se prepara os alunos não somente para ingressarem em
graduações online em seu futuro, mas também para conseguirem trabalhar com
agilidade em qualquer empresa de qualquer lugar do mundo, quando forem
adultos.
“Percebemos
em um trabalho realizado inteiramente por meio de projetos interdisciplinares,
os estudantes podem vivenciar experiências no mundo físico, em um determinado
momento, e em outro momento podem levantar informações no mundo virtual, para
complementarem o conhecimento adquirido”.
Além
da pesquisa, que muitas escolas pós-modernas já realizam utilizando a internet,
os alunos podem interagir e compartilhar essas e outras informações,
pertinentes ao contexto escolar, dentro da plataforma que é utilizada pela
escola, a Microsoft Teams.
“A
plataforma auxilia os alunos a organizar suas atividades e rotina escolar, além
de permitir que eles se conectem através dela com diversos softwares que são
utilizados em produções. A partir disso, a internet deixa de ser um meio
somente de pesquisa e passa a ser um ambiente para produção”, detalhou.
O
profissional também pontuou que o “uso de eletrônicos, assim como tudo na vida,
deve ser feito com equilíbrio e, para se saber onde está o seu ponto de
equilíbrio deve haver uma investigação constante, um trabalho de
autoconhecimento, e, considerando que muitas crianças não realiza esse tipo de
trabalho, é necessário que estas sejam instruídas, é preciso que haja um
observador atento para que a internet e os eletrônicos não substituam práticas
extremamente valiosas na formação humana.”
Mesmo
defendendo um ensino cada vez mais conectado, a Teia acredita que a criança
precisa brincar, correr, gastar energia, desenvolver seu corpo, fortalecer sua
presença e elevar sua autoestima através da troca com seus pares.
“Crianças precisam ser crianças, pois não são mini adultos, são seres com necessidades e compreensões específicas, e o relacionamento digital pode até trazer uma falsa impressão de suprir as necessidades sociais nossas e delas, mas nada melhor do que se encontrar de verdade, tocar, praticar atividades ao ar livre”, finalizou.
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