Em rede nacional, ministro do MCTI destaca inédita soberania nacional no desenvolvimento de vacinas
Durante
cinco minutos, o astronauta Marcos Pontes destacou ações do Governo Federal
coordenadas pelo ministério no combate à pandemia da Covid-19
Referência
mundial pelo Programa Nacional de Imunizações, o Brasil sempre dependeu de
outros países para a importação de vacinas ou licenciamento para produção
local. Mas este cenário está prestes a mudar. O ministro da Ciência, Tecnologia
e Inovações, astronauta Marcos Pontes, destacou, no pronunciamento em rede
nacional de TV e rádio, nesta terça-feira (29), as ações do Governo Federal,
coordenadas pelo MCTI, no combate à pandemia da Covid-19, com destaque para o
financiamento de vacinas nacionais contra o coronavírus.
“Sempre
importamos ou copiamos tecnologias. Então, da concepção estrutural da vacina
até os braços dos brasileiros, a tecnologia nunca foi concretizada no país. A
1ª vacina do mundo foi criada em 1796, de lá para cá nenhuma vacina foi
desenvolvida com tecnologia brasileira”, ressaltou no discurso o ministro.
A história
está mudando graças ao financiamento do MCTI a 15 estudos com imunizantes
nacionais. Um deles, a vacina RNA MCTI CIMATEC HDT, já passou por análise da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e está em fase de testes
clínicos. O objetivo é que o Brasil tenha em breve a primeira vacina produzida
no país com tecnologia 100% nacional, passando de importador para produtor
autossuficiente e até exportador de imunizantes.
“Graças ao
trabalho dos nossos cientistas, apoiados pelo Governo Federal, em poucos meses
poderemos dizer que o Brasil tem soberania no desenvolvimento e na produção de
vacinas. Todas as vacinas”, pontuou o ministro.
A iniciativa
abre espaço para outros avanços, como o uso dessas tecnologias para proteger a
população brasileira contra outras doenças negligenciadas como a dengue, zika e
chicungunha.
Durante o
discurso, Marcos Pontes destacou também a parceria coordenada pelo MCTI para o
desenvolvimento do Centro Nacional de Tecnologias de Vacinas (CN Vacinas), que
possibilitará aos cientistas brasileiros terem condições de produzir as vacinas
no país. Outros importantes anúncios foram os investimentos na ampliação da
capacidade operacional do acelerador de partículas brasileiro, o Sirius, e a
construção de um Laboratório de Biossegurança Nível 4 dentro da infraestrutura.
“Seremos o
único país do mundo com uma estrutura deste porte. Essa estrutura garante que
nossos pesquisadores terão condições de estudar e trabalhar com vírus de
altíssima letalidade, como do Ebola, por exemplo e também garante a
possibilidade de estudar o vírus em nível molecular para a partir daí
desenvolver e produzir vacinas e medicamentos com mais rapidez e precisão”.
Ao final do discurso o ministro do MCTI lembrou que esta quarta-feira (30) é aniversário da Missão Centenário. “Há 16 anos este cientista e astronauta, colocava o Brasil no topo da ciência mundial numa missão espacial na NASA. Foi a única vez que um brasileiro alcançou o espaço para pesquisar o mundo. Portanto acredite na ciência brasileira”, finalizou.
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