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Mais da metade dos jovens brasileiros preferem bancos digitais

Os bancos digitais conquistaram de vez os jovens brasileiros. Pesquisa feita pela Mambu, fintech alemã de soluções para o setor financeiro, revela que 54% dos brasileiros entre 18 e 35 anos têm um banco digital como sua instituição financeira principal, enquanto os outros 46% optam pelas tradicionais. Embora a disputa pareça acirrada, o Brasil é o único país da América Latina em que os bancos tradicionais perdem na preferência contra seus concorrentes digitais. Em média, 83% da população jovem da região prefere as instituições clássicas, chegando a mais de 90% em países como Chile e Peru.

A opção pelas fintechs vem crescendo ano a ano. Estudo realizado no início de 2021 pelo Ipec (Instituto de Pesquisas Cananéia) já mostrava que cerca de 51% dos jovens brasileiros optavam pelos bancos digitais. “A tendência é que essa preferência cresça ainda mais com o passar do tempo. A geração que já nasceu no meio digital se identifica naturalmente com os serviços virtuais. É diferente das pessoas mais velhas, que precisam quebrar barreiras e costumes ao optar por um serviço digital ao invés do presencial”, avalia o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira.

Bancos digitais incentivam bancarização do
público mais jovem (Foto: Freepik)

Outro dado revelado pela pesquisa da Mambu é que a população de menor renda possui maior adesão ao mundo digital. 61% dos brasileiros de nível socioeconômico mais baixo têm em um banco digital sua principal instituição financeira. O valor se inverte dentre os de maiores rendas, com 62% aderindo aos grandes bancos. “Os bancos digitais auxiliaram na bancarização de grande parte da população e, principalmente, entre os mais jovens por meio da inovação e tecnologia. Antes eles não tinham acesso facilitado e prático a um serviço financeiro e agora conseguem resolver tudo apenas com o seu celular”, afirma Pereira.

Prático e ágil
A praticidade para abrir conta (apontada por 35% dos entrevistados) e a comodidade de usar as ferramentas pelos aplicativos (15%) foram os principais motivos apontados pelos jovens que preferem os bancos digitais. Por outro lado, quem opta pelas instituições tradicionais tem como maior motivação a necessidade de uso da conta para receber o salário (42%).

Os bancos digitais ainda vencem os tradicionais na satisfação dos clientes brasileiros com o aplicativo (85% contra 71%). Os usuários das fintechs são mais fieis também: 79% afirmaram que não pretendem deixar suas instituições ante 66% dos grandes bancos. “A tecnologia cresce em todos os setores e no financeiro não seria diferente. As instituições digitais facilitaram e agilizaram a vida das pessoas que antes precisavam passar horas em filas para resolver situações com os seus bancos. Alguns jovens nunca vão precisar passar por isso com a presença dos apps”, pontua o diretor financeiro do Popibank. “Vendo o crescimento vertiginoso da digitalização dos serviços, os grandes bancos inclusive começaram a investir pesado nisso, até para não perder esse público jovem. Quem estiver sempre se atualizando e utilizando a tecnologia para favorecer cada vez mais os seus clientes estará um passo à frente no mercado”, conclui o especialista.

Marcelo Pereira é diretor financeiro do Popibank,
economista e especialista em bancos digitais e fintechs

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