Últimas

Mulheres no mercado segurador: O que precisa ser feito para ser uma executiva segura de si


Na última quinta-feira (23), foi realizada uma live com quatro líderes do mercado segurador, onde foi abordado o que uma mulher precisa fazer para ser segura de si e conquistar o seu espaço. Na ocasião, participaram Maria Elvira Fioratti, Gerente de Marketing e Comunicação da Seguros SURA; Amanda Ruzene, gerente Executiva de Atendimento e Qualidade da Europ Assistance; Christiane Hessler Furck, especialista e mestre em direito de seguros e Gabriela Rosati, Superintendente de Marketing, Comunicação e Digital da Alper Consultoria em Seguros. 

De acordo com Amanda, as mulheres têm que ter muita confiança para enfrentar os desafios. “Nós somos craques em trabalhar sob pressão e encontrar soluções bem criativas para os desafios. A mulher precisa ter muita confiança, resiliência, que é uma forte característica nossa e comprometimento. Para mim é dessa forma que a gente conquista o nosso espaço, com muita transparência e verdade no que a gente acredita”, disse ela. Ela falou também que 70% do quadro da Europ é formado  por mulheres, mas na liderança ainda tem bastante espaço a ser ocupado por elas. “Eu acredito muito na igualdade de gênero é uma forma de contribuir com o desenvolvimento sustentável da empresa, melhorar a reputação, aumentar a produtividade, mas ainda estamos conquistando esse espaço”, disse ela.

Sobre isso, Maria Elvira comentou que é muito mais difícil a jornada da mulher do que a do homem em se tratando de cargos de liderança. “Já estamos vendo uma mudança, mas ainda é muito pequena, mesmo tendo a maioria mulheres no mercado segurador, a gente ainda considera um mercado muito masculino. Eu ainda não vejo a inclusão acontecendo de uma forma tão clara, as empresas ainda não criando ambientes propícios para as mulheres estarem lá”, comentou Maria. Ela ainda falou sobre o programa que a Sura está desenvolvendo sobre  diversidade e inclusão que vai sair no próximo mês. “Vão ter pautas políticas de uma forma muito mais estruturada, eu já vi algumas ações que eu achei maravilhosas, como o aumento da licença paternidade. A gente está comemorando cada  iniciativa, pois vai cada vez mais criando uma inclusão maior”, explicou.

Christiane, por sua vez, falou sobre como ela observa as mulheres, principalmente as da área do direito no mercado. “Cada vez mais mulheres estão tomando parte desse mercado, da própria advocacia em si. Nas minhas aulas eu vejo uma crescente de mulheres se interessando pelo direito do seguro. Como professora eu vejo um interesse muito grande da mulher por essa área e tenho incentivado muito e dizendo que o mercado só tende a crescer, é uma área ainda muito pouco explorada”, disse.

Gabriela também falou como ela vê a inserção da mulher no mercado segurador. “Aqui na Alper o quadro é 70% composto por mulheres. A gente nunca tinha visto um movimento tão grande de mulheres sendo promovidas. O mercado está mudando, estamos evoluindo e temos um futuro muito promissor apesar do mercado ser em sua maioria, composto por mulheres, a gente ainda tem dificuldade em ver mulheres em cargos executivos”, disse ela. Segundo ela, ainda falta uma comunicação desse mercado com o público em geral. “As pessoas ainda enxergam pouco o mercado. Falta ele se autopromover mas, a gente mesmo tem que promover. Por vezes as  pessoas não sabem o que tu  faz quando  diz que trabalha em uma corretora”, explicou Gabriela.

Para complementar, Christiane disse: “As pessoas muitas vezes não sabem a diferença entre corretores de seguro e seguradora, a cultura do seguro ainda tem muito a ser divulgada  e a educação do seguro também.”

Questionada sobre se a jornada dupla da mulher acaba atrapalhando esse desenvolvimento dentro da empresa, ela disse que isso nunca foi um empecilho. “As tarefas estão se igualando um pouco, a configuração dos casais tem mudado mas mesmo assim é difícil e acaba muitas vezes sobrando para a mulher, mas acho que hoje em dia não é mais um divisor de águas”, explicou ela.

Para finalizar, ela disse que esse tipo de pauta não pode ser tratada só no mês de março. “Normalmente a gente precisa do mês das mulheres para poder discutir isso, mas a conversa foi muito produtiva, falamos de assuntos delicados mas que precisam ser ditos. Estamos abrindo um caminho novo para quem tá vindo atrás da gente”.

Nenhum comentário