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São elas que tocam a inovação no Brasil

Líderes mulheres em empresas de inovação como Movile, Sympla e Whatslly conquistam espaço para suas marcas no País e investimentos com tecnologias de relacionamento B2B e B2C 

 

São Paulo, 08 de março de 2022 -- Na contramão do mercado de trabalho, as lideranças femininas têm cada vez mais construído as investidas de sua própria inclusão para conquistar seu espaço, fato que se intensifica ainda mais em nichos como tecnologia, inovação e serviços. No entanto, a discrepância ainda assusta. No setor de venture capital, que inclui os fundos que investem em startups, por exemplo, empresas lideradas por mulheres receberam apenas 2,7% do total investido em 2019, segundo a Fortune.

Isso não tem impedido que cada vez mais mulheres sejam responsáveis pela fundação e direção de novos negócios. Aliás, o Global Entrepreneurship Monitor nos mostra que, desde 2016, elas já são maioria no Brasil: 51% dos novos negócios no país são iniciativas de mulheres. São casos como os das start-ups Whatslly, Movile e Sympla, que contam com mulheres brasileiras assumindo funções, por vezes globais, de alta liderança em seus quadros executivos.

Deborah Palacios Wanzo é cofundadora da Whatslly, uma startup israelense que conecta o WhatsApp ao Salesforce. Fundada em sociedade com Yanir Calisar, que fica em Israel, a executiva lidera a expansão global da marca. “Eu tenho uma carreira que começou em áreas como varejo e bens de consumo, e tem sido uma descoberta, a experiência de ser uma mulher empreendedora que assume a liderança de uma empresa de tecnologia. São vivências no dia a dia dos negócios que só quem é mulher sabe. Nesse sentido, é também uma responsabilidade e um presente poder fazer isso e representar o universo feminino nas áreas de negócios, tecnologia e inovação”, conta.

Sympla, startup brasileira que se tornou líder no ramo de venda de tickets e gestão de eventos na internet, também conta com uma executiva C-level em seu quadro funcional. Antes de chegar a CEO do maior marketplace de eventos do Brasil, Tereza Santos passou pelos cargos de Diretora de Operações, CSO e tornou- se CEO da empresa em abril de 2021.

“É muito comum que vejamos no setor de tecnologia, assim como no de eventos, uma liderança composta em sua maioria por homens, então me orgulho muito em ser mulher, mãe e CEO de uma empresa com o porte da Sympla. É muito importante que nós mulheres cada vez mais conquistemos nosso espaço nesses mercados, e que mostremos que somos tão capazes quanto eles de gerir uma empresa de tecnologia com muito espaço para as mulheres crescerem nas áreas de inovação, tecnologia e cultura.”

Os principais investimentos na Sympla foram feitos pela Movile, uma investidora de longo prazo em empresas de tecnologia na América Latina e pretende ser a maior ‘formadora de teses’ da região, cujo portfólio inclui Afterverse, iFoodMovilePay, MovilePay, PlayKids, Zoop, entre outras. Nele, a inclusão e diversidade também fazem parte do DNA corporativo. Para Isadora Gabriel, diretora de HR Operations na companhia, ser mulher no século XXI é um desafio, mas também um verdadeiro privilégio.

“Tantas outras mulheres já lutaram para que a nossa sociedade tenha dado passos importantes na agenda de equidade de gênero, que me sinto otimista com o que podemos construir pela frente. Temos referências cada vez mais fortes, de mulheres realmente inspiradoras, e não me refiro apenas aquelas do mundo corporativo, mas às muitas mulheres batalhadoras, que são mães, que muitas vezes sustentam suas casas sozinhas, são o pilar fundamental de suas famílias, educam seus filhos e filhas, e ainda fazem o bem para a comunidade ao seu redor. Todas nós, mulheres, mas também a sociedade em geral, tem uma missão diária de preparar as próximas gerações no caminho da inclusão, da equidade e da justiça”, ressalta a executiva.

Para Natália Yuki, diretora de Estratégia e Operações da Turing, startup de recrutamento de desenvolvedores para atuarem de forma remota para grandes empresas nos Estados Unidos, ter um ambiente de trabalho diverso e que permita a troca intercultural é um fator chave para impulsionar a presença feminina nas organizações.

“A diversidade também foi uma característica da Turing que chamou minha atenção. Os fundadores são da Índia, a empresa está sediada nos EUA e temos membros de equipe de todo o mundo. Na equipe de liderança, encontramos pessoas como eu, mas também pessoas da China, Índia, EUA, Croácia e assim por diante, e para um startup, isto é incrivelmente diversificado. Acredito que o fato de me aventurar e não enxergar fronteiras me ajudou a ter a vida que eu queria e não me deixar definir pela minha raça, gênero, geografia ou qualquer outra categoria. É claro que sou extremamente privilegiada e o contexto social e econômico tem um papel fundamental em minha vida e nas trajetórias de vida de todos”, enfatiza a executiva brasileira e que hoje vive na Alemanha.

A representatividade feminina no mercado de trabalho e no universo restrito das tomadas de decisões já se tornou um movimento sem volta e o próprio mercado tem-se dado conta disso. Em 2018, no Fórum Econômico Mundial, o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, chegou a afirmar que o PIB regional cresceria em 16% se os países latino-americanos conseguissem igualar a participação feminina com a masculina no mercado de trabalho.

Empreendedorismo por necessidade 

Esses dados mostram que, muitas vezes, o empreendedorismo, mais que uma opção, torna-se uma necessidade. A falta de oportunidades justas no mercado, desde a formação técnica, tem levado mulheres a encontrar na criação de novos negócios uma alternativa para a conquista da independência financeira, muitas vezes assumindo vários papéis profissionais e pessoais simultaneamente.

Essas situações se agravam quando descompensadas na prática em relação aos direitos e benefícios. Mulheres que têm filhos, por exemplo, têm mais dificuldade que os homens para serem incluídas apropriadamente no mercado e tendem a deixar seus empregos em até um ano após a volta da licença maternidade, na maioria dos casos, por demissão, como mostra estudo da FGV.

Deborah Wanzo é uma empreendedora que viveu uma gravidez durante o processo de fundação e estruturação da empresa e lidou com esse contexto pessoal enquanto semeava novas oportunidades em todo o mundo e abria novos escritórios em diferentes países da América Latina.

A Whatslly também se enquadra em outra estatística interessante: apenas 5,1% das startups no Brasil são cofundadas por mulheres, número que cai para 0,04% quando falamos startups cujos quadros de fundação são exclusivamente femininos, de acordo com um estudo da Distrito Dataminer, em parceria com a B2Mamy e Endeavor.

“Infelizmente, ainda somos poucas lideranças femininas, especialmente se falarmos em áreas como Tecnologia e Inovação, mas estamos mudando isso. Diante das barreiras de ensino, muitas empresas estão criando planos e estratégias de formação. Estamos conquistando espaço com gestões mais participativas, humanas, em que todos têm voz. E nós estamos ouvindo e construindo com diálogo e parcerias”, conclui Deborah.

 

Whatslly 

Whatslly é a primeira plataforma que conecta o WhatsApp pessoal e empresarial com o Salesforce, permitindo que o serviço de mensagens desempenhe um papel fundamental no engajamento dos clientes, ao mesmo tempo que possibilita que as empresas se mantenham em compliance com regulamentações. Entre os principais clientes da Whatslly estão XP, BTG e Vivo, além de milhares de usuários em 35 países. Para saber mais, acesse o site da Whatslly.

 

Movile 

A Movile é uma empresa que investe e desenvolve negócios de tecnologia e pessoas, para que alcancem o máximo de seu potencial. Temos um time apaixonado por desafios e que sonha grande, com o objetivo de impactar a vida de 1 bilhão de pessoas. Somos especialistas em finanças, gestão, cultura e inovação. Trabalhamos diariamente para apoiar as empresas do nosso ecossistema a atingirem crescimento exponencial e os profissionais a se desenvolverem de forma acelerada

 

Sympla 

A Sympla, maior marketplace de eventos e conteúdos digitais do Brasil, tem como um dos objetivos transformar a venda e compra de ingressos em uma experiência simples, eficiente e humana. Em 2020, lançou o Sympla Streaming e o Sympla Play, plataformas para conteúdos digitais, ao vivo ou sob demanda, com foco em experiências de qualidade e dos mais diversos temas. Já em 2021, lançou o Sympla Live, plataforma para transmissão de conteúdos online, com mais dinamismo e a facilidade de ter tudo na mesma plataforma.

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