Cenário geopolítico mundial coloca o Brasil em boa posição, declara Presidente do BC em evento do TC
Conferência abordou o cenário econômico e a
agenda Banco Central
O TC
– plataforma de educação financeira, análise de dados e inteligência do mercado
de capitais – realizou nesta segunda-feira (11), em parceria com a Arko Advice, o evento “O cenário econômico e a Agenda BC# com
Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central do Brasil”. Na
apresentação, com gráficos e levantamentos do BC, o Presidente da instituição
abordou como o cenário global foi afetado durante a Crise do Covid-19, gargalos
na produção de energia, inflação verde, crise hídrica, impacto da guerra da
Ucrânia na economia, inflação global e ainda compartilhou sua opinião sobre
moedas digitais e criptomoedas. Além disso, em relação ao atual cenário
geopolítico mundial, Campos Neto declara que o Brasil está bem posicionado.
Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia,
o executivo relatou que o conflito teve proporções muito maiores do que as
previstas inicialmente, causando um choque de oferta com potencial de exacerbar
as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em EMEs (economias
de mercados emergentes, na sigla em inglês) como em AEs (economias avançadas).
Além de tudo, alertou que a guerra pode trazer e já está trazendo importantes
implicações para a economia global, independente do seu desfecho.
Outro ponto abordado por Campos Neto foi
sobre a crise energética, que a curto prazo pode gerar impactos como o aumento
dos desafios na transição para uma economia verde, maior incentivo para
utilização de fontes de energia alternativas e, a longo prazo, o redesenho das
matrizes energéticas e do sistema de produção.
Respondendo perguntas do CEO do TC,
Pedro Albuquerque, e do Chairman na Arko Advice, Murillo de Aragão, o
Presidente do BC também falou sobre o cenário econômico relacionado a
inovações. Ele disse que o Pix acelerou o número de transações, aumentou
negócios e gerou inclusão bancária, trazendo um movimento de melhoria e aumento
na intermediação financeira. Já sobre criptomoedas, disse ter notado um aumento
na negociação e movimentação com um movimento muito maior como veículo de
investimento do que como meio de pagamento, mas observou que existe uma curva
onde começa como investimento e em algum momento aquilo passa a ser meio de
pagamento. Quanto às perspectivas, o executivo acredita que o dinheiro vai ser
cada vez mais digital e programado, sendo preciso abrir mais espaço para
criptomoedas e moedas digitais.
Falando em inflação, Campos Neto
acredita que, com ela em alta e o crescimento caindo, os agentes financeiros
devem repensar um pouco o fluxo do mundo emergente, o que pode ter um efeito e
o maior indicador disso serão os próprios ativos americanos com uma onda
inicial do dólar um pouco mais forte. Já em relação ao Brasil, declarou que,
nesse atual cenário geopolítico mundial, o país está numa boa posição.
O conteúdo na íntegra pode ser acessado
pelo canal do TC no
YouTube e pela TC
Station.
Sobre o TC
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