Criptomoeda se torna ativo político e pode pesar na decisão do eleitorado
Com mais de 10% da população global posicionada
em cripto, candidatos de todo o mundo começam a levantar a bandeira da
criptoeconomia
Percebendo o interesse crescente da
sociedade por criptomoedas, políticos de todo o mundo têm se aproximado desse
universo. Para Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos (https://monnos.com),
primeiro cryptobank do país, a guerra entre Ucrânia e Rússia escancarou o
potencial político da criptoeconomia, e em um Brasil prestes a entrar em
período eleitoral, será comum a representatividade cripto neste panorama.
“Como a população está cada vez mais
olhando para cripto como uma oportunidade econômica, o cenário político está
acompanhando esse movimento. A criptoeconomia é a próxima fronteira das
finanças globais, assim, é ótimo ver políticos encampando a defesa desta nova
tendência. Trata-se de reconhecimento da força que o setor está obtendo”, pontua.
Algumas narrativas políticas envolvendo
cripto já estão se desenhando. No Canadá, o candidato do Partido Conservador,
Pierre Poilievre, já se colocou positivamente a favor da liberdade da população
em utilizar o bitcoin como dinheiro legal no país. O recém eleito presidente da
Coréia do Sul, Yoon Suk-Yeol, também tem posturas pró-cripto, deliberando leis
para eliminar impostos a pequenos investidores de criptoativos e buscando
incentivar e atrair unicórnios da criptoeconomia.
Já aqui no Brasil, uma das decisões mais
recentes veio da Prefeitura do Rio de Janeiro, que vai aceitar criptomoedas no
pagamento do IPTU a partir de 2023, consumindo serviços de empresas do mercado
cripto para fazer a conversão em reais, para que a gestão pública não tenha
ativos de alta volatilidade em caixa.
“Não dá para uma pessoa que quer se
candidatar a cargos nos poderes legislativo e executivo ignorar esse cenário. A
criptoeconomia tem conduzido a evolução da economia digital e, mais do que
isso, integrando diferentes setores na estruturação de novas disrupções, como o
tão falado metaverso. É uma revolução que envolve consumo, comportamento,
cultura e poderes públicos e privados, um movimento que nenhum político deve
desconsiderar”.
Brasil entra em Top 3 de crescimento da
criptoeconomia
De acordo com uma pesquisa realizada
pela exchange americana Gemini, o Brasil em 2021 está entre os top 3 países em
crescimento de usuários de cripto, juntamente com Hong Kong e Índia. O estudo
analisou o comportamento de mais de 30.000 investidores em 20 países - no
comparativo entre continentes, a criptoeconomia cresceu 46% na América Latina.
“No último ano, o número de usuários de
cripto quase dobrou globalmente. Mais de 3/4 dos bancos centrais ao redor do
mundo já estudam o lançamento de criptomoeda própria. El Salvador adotou o
Bitcoin como moeda local junto ao dólar e outros países cogitam dar o mesmo
passo, fora a presença de marcas do setor inundando patrocínios de clubes de
futebol, eventos e até pessoas, como Tom Brady, Gisele Bundchen e Neymar. Por
fim, mas não menos relevante, o conflito entre Rússia e Ucrânia mostrou o quão
frágil são os bancos e o consequente acesso a capital, quando o cenário de
incerteza econômica foge do controle. Tudo isso encabeçou uma expansão da
criptoeconomia, e é natural que o próximo passo seja político”, complementa
Rodrigo.
O especialista conclui que não há melhor
hora para ocorrer a representatividade cripto no universo eleitoral,
principalmente porque a criptoeconomia inevitavelmente será regulada e, quanto
mais pessoas próximas ao ecossistema participarem dessa discussão, melhor será
para o setor e seus usuários. Mas ele alerta que, assim como a política está se
apropriando da criptoeconomia, cabe à população também analisar em quais
discursos ela está sendo apropriada.
“A criptoeconomia é, acima de tudo, a
liberdade econômica de cada indivíduo. E é preciso que as pessoas se atentem a
isso ao analisarem as propostas políticas. O que o candidato está dizendo sobre
esse universo, se o seu discurso apoia o seu desenvolvimento ou o contrário.
Porque a posição política que ele tomar acerca de cripto dirá muito sobre a sua
visão da economia em geral”, conclui.
Sobre a Monnos
Primeiro cryptobank do Brasil, a Monnos já opera em mais de 118 países oferecendo mais de 90 criptoativos diferentes. Entre os seus serviços, além de pagamento de boleto e cartão com cashback, a companhia também oferece rede social de investimentos, crypto staking e uma série de serviços voltados para empresas e pessoas que estão distantes de cripto, mas querem se aproximar.. Atualmente, conta com mais de 45 mil usuários no Brasil e no mundo.
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