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Contribuições da Inteligência Ativa para a colaboração remota

* Por Cesar Ripari

O mundo do trabalho se transformou radicalmente desde o início da pandemia, em 2020. A colaboração remota, que era considerada uma tendência para os anos seguintes e observada como prática comum apenas em multinacionais, virou uma necessidade para todo o mundo – de crianças em idade escolar a estudantes de faculdade e principalmente empresas de qualquer segmento e porte. De repente, cada um precisou aprender a colaborar remotamente com quem até então sentava ao seu lado todos os dias.

Com toda essa aceleração, o trabalho remoto mostrou que chegou para ficar como mudança permanente no pós-pandemia. É o que acreditam 78% dos CEOs globais pesquisados em 2021 pela PwC, uma das quatro big consulting mundiais. Empresas menores partiram para o mesmo caminho e exploraram esse potencial, sobretudo, devido à farta oferta de aplicativos de comunicação, muitos deles gratuitos ou incluídos nas plataformas de colaboração.

Com o avanço da colaboração remota, acompanhado pelo boom na geração de dados ano a ano, um dos pontos críticos tem sido justamente a necessidade das equipes trabalharem com as informações atualizadas no momento em que acontecem. Isso significa que o Business Intelligence (BI) tradicional, como conhecemos, já não é mais suficiente, pois permite apenas uma análise histórica dos dados para a tomada de decisão.

Assim, as equipes que colaboram remotamente podem se beneficiar da chamada Inteligência Ativa, um estado no qual tecnologias e processos possibilitam a tomada de decisão na velocidade dos dados, isto é, à medida que os eventos acontecem. Em um mundo que muda a cada segundo, aproveitar esse instante pode fazer a diferença no negócio.

Para a abordagem da Inteligência Ativa, é importante mencionar as três gerações de BI: a primeira – e precursora – denominada centralizada, normalmente dependente da TI e baseada em relatórios impressos; a segunda chamada de descentralizada, uma vez que a década de 1990 trouxe ferramentas e soluções que davam mais autonomia aos usuários; e a terceira denominada democratizada, que permite ao usuário criar suas próprias análises por meio de um "menu de dados" governado, com auxílio de motores associativos e IA. 

E essa evolução não pára – a tomada de decisão informada por dados é essencial e deve refletir o agora. Tanto informações internas quanto externas à organização devem ser consideradas ao se estabelecer um pipeline de dados, que nada mais é do que uma via rápida por onde os dados são liberados de seus silos, identificados, catalogados e disponibilizados em tempo real para análise e tomada de decisão, que pode ser,  inclusive, automatizada mediante as regras de negócio. 

Oferecer um self-service governado de dados – esse menu onde o usuário tem acesso a todos os dados que a empresa lhe permite – é garantir que haja segurança das informações, outro ponto crítico para o trabalho remoto. Afinal, uma enorme quantidade de dados chega de diversas origens e precisa ser organizada para que o colaborador possa acessar e tomar ações informadas com agilidade.

Com o poder da Inteligência Ativa, equipes em colaboração remota conseguem trabalhar de forma mais assertiva, com dados atualizados em tempo real e com segurança em todo o processo. Trata-se de um fator crítico para o sucesso das empresas, que podem alcançar melhoria da eficiência operacional e crescimento da receita, entre tantos outros benefícios, otimizando cada momento de negócio com ações informadas.

*Cesar Ripari é diretor de Pré-Vendas para América Latina da Qlik, multinacional referência em integração e análise de dados

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