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Injeção eletrônica segue sendo insubstituível, mas requer cuidados

Entenda o que é o sistema e o que fazer para mantê-lo em perfeito estado

Créditos: iStock

A criação da injeção eletrônica foi uma das grandes revoluções da indústria automotiva. Presente no Brasil desde 1988, foi um avanço enorme em comparação aos antigos carburadores, esses totalmente mecânicos, que faziam o trabalho de dosar a mistura de ar e combustível que vai para dentro do motor, provocando a combustão necessária para mover os pistões. Nos carburadores, as regulagens eram feitas por meio de agulhas e giclês, peças mecânicas que demandam muita manutenção e acertos, o que nem sempre ficava bom. A injeção eletrônica trabalha de maneira muito mais eficaz, pois, ao invés de usar sistemas mecânicos hoje praticamente obsoletos, são sensores e módulos que atuam regulando a mistura ar/combustível, criando uma queima muito melhor de combustível, mais economia e potência, além de diminuir a emissão de gases poluentes.

É por meio de uma central eletrônica, cujo funcionamento é análogo ao de um processador de computador, que as informações dos sensores são recolhidas e transformadas em regulagem de marcha lenta, mistura ar/combustível e até em tempo de válvulas em alguns modelos. Mas mesmo toda essa tecnologia não foi capaz de barrar alguns problemas. Afinal, esses componentes também estão sujeitos a defeitos, quebras, entre outros problemas. Por isso, é importante se atentar a alguns sinais que podem ser indicativos de problemas e se antecipar na resolução para não ficar a pé.

É normal que nos carros haja uma luz no painel indicativa de problemas na injeção eletrônica. Geralmente de cor amarela, ela tem o formato de um motor e acende toda vez que um componente apresenta um defeito. Mas não se assuste se, ao ligar o carro, ela acender. Isso é normal, pois significa que o processador está fazendo a leitura dos componentes. O errado é permanecer acesa ininterruptamente. Se esse for o caso, algum componente pode estar em mau funcionamento, como velas, cabos de vela, bicos injetores, bobinas, ou algum sensor, como a sonda lambda, o de rotação, de detonação, entre outros. Combustíveis adulterados também podem provocar o aviso. Um profissional pode fazer um diagnóstico por meio de um scanner. Portanto, se verificar o problema, leve seu carro a um mecânico de confiança.

Alguns sintomas normais de problema na injeção eletrônica são consumo alto de combustível, perda de potência, carro “engasgando” e dificuldade de dar a partida no carro.

Se perceber algum desses problemas, possivelmente ele deriva de algum componente da injeção eletrônica. Para evitá-los, algumas medidas podem ser tomadas. A primeira é evitar abastecer seu carro em postos de combustível suspeitos. E de tempos em tempos, é interessante utilizar combustível aditivado, pois este possui uma propriedade limpante, útil para que os bicos injetores não entupam, por exemplo. Certifique-se também de realizar a troca do filtro de combustível em tempo. Não rode muito na reserva do tanque, pois o baixo nível de gasolina faz com que impurezas do fundo do tanque entrem na linha de combustível. Evite lavar o motor do carro, pois componentes podem ser danificados pelo jato d'água. E, de acordo com a recomendação do manual do seu carro, realize a manutenção preventiva de todo o sistema na quilometragem indicada.


É possível ver que nem sempre é fácil manter um carro em ótimas condições. É preciso estar atento aos detalhes e perceber o problema antes que ele piore, o que geralmente significa mais gastos e dor de cabeça. Por isso, pode ser interessante ter um carro por assinatura, onde a manutenção já está inclusa na mensalidade. Através de um orçamento personalizado, é possível saber quanto custa um carro por assinatura. É menos burocracia e menos preocupação para quem quer ter o gosto de sempre estar de carro novo.

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