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Jota Dangelo toma posse da cadeira nº 26 da Academia Mineira de Letras, dia 3/6

DRAMATURGO OCUPA, AGORA, A CADEIRA Nº26, OCUPADA ANTERIORMENTE POR ÂNGELO MACHADO E OUTROS GRANDES NOMES

Jota Dangelo - Foto Joyce Aparecida

No dia 3 de junho, o dramaturgo Jota Dangelo toma posse na cadeira nº 26 da Academia Mineira de Letras, cujo patrono é Evaristo da Veiga e o fundador é José Eduardo da Fonseca. O discurso de recepção será feito pelo acadêmico Angelo Oswaldo de Araújo Santos e a cerimônia será restrita a convidados.

Mário Casassanta, Henriqueta Lisboa, Lacyr Schettino, João Batista Megale, Bartolomeu Campos de Queiroz e Ângelo Machado também já ocuparam a cadeira de número 26. Jota Dangelo foi eleito para a Academia Mineira de Letras em 28 de julho de 2020, com unanimidade dos 34 votantes.



Sobre o novo acadêmico Jota Dangelo

Jota Dangelo foi o primeiro presidente da CONFENATA (Confederação Nacional do Teatro Amador), criada por iniciativa do Serviço Nacional de Teatro do Ministério da Cultura; Membro do Conselho Estadual de Cultura de 1978 a 1982; Superintendente da Fundação Clovis Salgado em 1983, quando criou o Teatro Ceschiatti, no Palácio das Artes; Secretário Adjunto de Cultura em 84 e 85; Secretário de Estado da Cultura em 85 e 86; Presidente da Belotur de 1989 a 1992; Diretor Presidente do BDMG Cultural de 2003 a 2011; membro do Conselho Estadual de Política Públicas de 2012 a 2014, representando o setor de Artes Cênicas de Minas. Atualmente residindo em São João del-Rei, é o Presidente da Fundação Cultural Campos de Minas, responsável pelo funcionamento da TV Campos de Minas, uma TV Educativa e Cultural.

Jota Dangelo também foi um dos principais articuladores da fundação do Teatro Universitário (T.U.), junto com Carlos Kroeber, João Marschner, Italo Mudado e outros, o que acabou ocorrendo em 1956, no âmbito da UFMG. Em 1959 criou, com amigos, o Teatro Experimental de longa trajetória nas artes cênicas de Belo Horizonte. Em 1974, foi o criador de “O Grupo”, ex-Teatro Experimental. Em 1990, ele e a mulher, a atriz e também diretora teatral Mamélia Dornelles, fundaram a Casa de Cultura Oswaldo França Junior, com sede em Santa Efigênia e depois em Santo Antônio. A entidade atuou na área cultural, especialmente teatral, em Belo Horizonte e no interior de Minas até o ano 2000. Dangelo também foi um dos fundadores da FETEMIG (Federação de Teatro de Minas Gerais).

Em 1954, ainda como estudante, criou o Show Medicina, que dirigiu ao longo de 12 anos. A partir de 1955, Angelo Machado foi seu parceiro na redação dos textos. Jota Dangelo também dirigiu ou atuou como ator em 72 peças teatrais.

Numa outra atividade, durante 30 anos, entre 1957 e 1986, Jota Dangelo foi o presidente e o carnavalesco da Escola de Samba “Qualquer Nome Serve” de São João del-Rei, responsável por uma radical transformação do modelo dos desfiles das agremiações carnavalescas naquela cidade que, nos anos 60 e 70, foi considerada a detentora do melhor carnaval de rua do interior do país. De 1990 a 2000, a E.S. Qualquer Nome Serve fundiu-se com a E.S. Mocidade Independente do Bonfim, dando origem ao “Grêmio Recreativo Escola de Samba União”, da qual Jota Dangelo foi o carnavalesco até o ano 2000.

Dentre as condecorações recebidas por Jota Dangelo estão a Medalha Frei Estevão, dada ao primeiro aluno da turma de formandos do Colégio Santo Antônio nos cursos ginasial e científico; Medalha Santos Dumont, Medalha do Mérito Legislativo Estadual de Minas Gerais, Medalha Tiradentes e Medalha da Inconfidência.

Entre as obras que publicou estão: “Pelas Esquinas” (2015), Os anos heróicos do Teatro em Minas (1950-1990)” (2010), “Doce Gel” (1987), “O sol nascente na Amazônia” (1986), “O humor do Show Medicina” (com Angelo Machado, 1991), “Anatomia Humana, sistêmica e segmentar” (com Carlo Américo Fatini, 1983), “Oh!Oh!Oh! Minas Gerais” (com Jonas Bloch, 1968) e muitos outros.

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