Nova economia e experiência do Cliente: como equilibrar essa relação
Por Maria Neves, Diretora de Customer
Experience da NEO no Rio de Janeiro
O conceito de nova economia representa
as novas abordagens de mercado em relação a muitos pontos que serviam como base
para as empresas até o final do século 20, como os consumidores passivos ou a
centralização do mercado. Em linhas gerais, a expressão propõe uma lógica
diferente no mercado, que deixa de se concentrar apenas nos produtos e começa
também a priorizar os serviços. A partir das inovações promovidas pela
tecnologia e o foco na experiência do Cliente (entre outros pilares), uma nova
perspectiva vem guiando as empresas modernas.
Trazendo isso para a perspectiva do
Customer Experience, vemos que as marcas que hoje são referência possuem suas
culturas centradas nas pessoas, sem deixar de lado a tecnologia e a
transformação digital. Os modelos de negócio procuram a flexibilidade ao
personalizar suas soluções, sempre em linha com as preferências dos Clientes,
focando na experiência do usuário.
Existem três pontos importantes que
favorecem as mudanças e regem as tendências da nova economia: o conhecimento, o
comportamento do usuário e a tecnologia. O conhecimento faz com que as empresas
possam tomar as melhores decisões em suas estratégias, tendo como base
informações vindas de fontes confiáveis. O comportamento do usuário é algo
crucial, uma vez que na ótica da nova economia ele é o centro de tudo e tem o
poder de decisão e a liberdade de escolha. Por fim, mas não menos importante,
consideramos a tecnologia, com seu uso ampliado a partir de possibilidades como
a análise de dados e a inteligência artificial, que trazem avanços às empresas
e enriquecem as soluções disponíveis no mercado.
Quem está a par desta dinâmica age de
acordo com um propósito, e entendem o que motiva o seu desenvolvimento, qual a
causa que possibilita a sua existência e o que de fato traz resultados. E,
quase sempre, o que motiva é o Cliente, que sempre vem em primeiro lugar! Na
nova economia, uma empresa de sucesso o conhece bem e cria soluções para ele
(muitas vezes, os consumidores não sabem o que querem, mas a organização
entende a dor que eles sentem, encantando-os).
Neste cenário, o mercado funciona a
partir da percepção de uma necessidade, que sempre é atendida. Só que, para se
destacar, é preciso ir além. E ir além significa criar novas demandas a partir
do entendimento pleno do Cliente, o que torna possível assumir um diferencial e
estar sempre “um passo à frente” dos concorrentes.
Para se manter competitivo, é preciso se
reinventar regularmente, uma vez que a tecnologia se desenvolve de maneira
muito rápida. No entanto, inovar nem sempre significa inventar uma solução do
zero, mas também a aplicação e implantação de melhorias em serviços já
existentes. Sendo assim, a flexibilidade precisa dar o tom, pois é com esta
qualidade/habilidade que surfamos as transformações digitais, que são cada vez
mais velozes. Ser flexível permite adaptações rápidas e nos dá a chance de
aproveitar oportunidades e realizar melhorias em processos internos. Vale
destacar que existe a possibilidade de falhas, que por sinal são comuns quando
há inovações - nestes casos, basta ver o que não saiu conforme o esperado,
fazer os ajustes e prosseguir.
Por fim, não devemos nos esquecer que é em meio às crises que insights e oportunidades não exploradas podem surgir. Nenhuma solução é 100% perfeita, e sempre haverá alguma melhoria a ser aplicada. Ou seja, o cenário de incertezas é comum, mas deve ser visto de forma positiva, e sempre considerando as preferências atuais dos Clientes. Afinal, eles são o centro de tudo.
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