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Quando falamos de doenças musculoesquelética, a dor que acomete os ombros, é uma das que mais atinge a população

O problema só perde para as dores na região lombar e joelhos

São Paulo, maio de 2022 – Um dos problemas que mais atinge a população, e que leva o paciente a procurar um ortopedista, são as dores nos ombros. Em termos de dor musculoesquelética, a que acomete os ombros, fica atrás somente das dores na região lombar e joelhos. De acordo com um estudo da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), as dores nos ombros são responsáveis por uma incidência que pode chegar a 47% em um ano.

Entre as causas mais comuns dessa dor está a bursite, que atinge a bursa, estrutura gelatinosa que atua como amortecedor entre tendão e osso, protegendo dos atritos e fricções durante os movimentos. A bursite tem como principais causas a realização dos mesmos movimentos com frequência ou envelhecimento das articulações.

“Os movimentos repetitivos podem deixar a bursa inflamada. Com isso, o corpo passa a produzir mais líquido sinovial, menos viscoso, e a bolsinha aumenta de tamanho, causando inchaço, dor e, em alguns casos, vermelhidão”, contou o Dr. Layron Alves, ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC.

A bursite é mais comum nos ombros, cotovelos e quadril, mas pode aparecer também em outras partes do corpo. Pessoas de todas as idades podem desenvolver a doença, mas, em geral, se torna mais comum em idosos e em pessoas que trabalham ou que têm um hobby com movimentos repetitivos (pintor e tenistas, por exemplo). Já pacientes com artrite reumatóide, gota e diabetes têm mais chances de desenvolver a bursite.

“Em alguns casos, a bursite pode estar acompanhada da tendinite calcária. Essa é uma inflamação no tendão, que se incita com um depósito de cálcio dentro de suas fibras, podendo atingir a bursa. A instalação do cálcio, com o tempo, pode enrijecer a região e limitar os movimentos, principalmente, dos ombros e quadril”, disse o especialista.

O tratamento da bursite vai depender do histórico do paciente, como repouso, aplicação de gelo no local da inflamação e uso de remédios analgésicos para aliviar a dor. Sessões de fisioterapia também podem ser indicadas. Já em casos mais avançados, o paciente poderá passar por uma infusão medicinal, punção ou cirurgia.

“Alguns hábitos podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a bursite e a gravidade dos sintomas, como praticar exercícios para fortalecer os músculos, realizar aquecimentos e alongar antes de atividades e fazer pausas para evitar longos períodos de tarefas repetitivas”, finalizou o ortopedista Dr. Layron Alves.

 

Sobre o especialista: Dr. Layron Alves é ortopedista e especialista em tratamento de doenças crônicas degenerativas e em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.

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