Cistos no ovário: quando devo me preocupar?
O problema costuma ser assintomático e
descoberto durante a realização de exames de rotina
São Paulo, junho de 2022 - O cisto no ovário é um acúmulo de
líquido que se forma dentro ou sobre o ovário, como se fossem pequenas bolsas.
Mesmo sendo decorrentes de um processo natural da ovulação e que podem
desaparecer durante o ciclo, em alguns casos, os cistos podem trazer alguns
desconfortos para as mulheres, como atrasos menstruais, cólicas mais intensas
ou até mesmo dores na região pélvica.
Além de alguns sintomas, outras
situações também merecem atenção, como quando aparece em uma mulher que não
ovula mais, depois da menopausa, ou em uma menina que ainda não teve a sua
primeira menstruação (menarca). De acordo com o ginecologista e diretor de
comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), Dr. Marcos
Tcherniakovsky, quando uma mulher desenvolve um cisto em período fértil, o
médico solicita um controle logo após a menstruação para acompanhamento.
Agora, quando as características não são de aspecto ovulatório, é indicado que
sejam solicitados exames, principalmente se o cisto for de um tamanho grande e
permanecer por alguns meses.
Mesmo ressaltando que os cistos podem
desaparecer espontaneamente, com a administração de anticoncepcional, pois
bloqueiam a ovulação, e até com outros cistos estimulados por hormônios, quando
isso não ocorre uma videolaparoscopia pode ser realizada para o tratamento e
diagnóstico.
“Embora a maioria dos cistos sejam
benignos, uma pequena porcentagem pode ser maligna. A remoção cirúrgica deles,
muitas vezes, é a única maneira de saber com certeza se o cisto é maligno”,
explica o Dr. Marcos.
O que deve ser lembrado, é que nestes
casos a cirurgia não deve prejudicar a fertilidade da mulher tendo como
finalidade preservar a saúde e qualidade de vida.
“Hoje, indicamos, caso seja necessário,
uma abordagem cirúrgica, e uma maneira minimamente invasiva é a
videolaparoscopia. Com esse procedimento, é feita a introdução de um canal
óptico pelo umbigo, o que amplia as imagens durante o procedimento, para
retirar os cistos mantendo os ovários e preservando ao máximo a fertilidade e o
retorno a qualidade de vida em casos de dores incapacitantes”, finaliza
Tcherniakovsky.
SOBRE O MÉDICO
Dr. Marcos Tcherniakovsky –
Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia
Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da
Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Médico Responsável pelo Setor de
Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da
Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose
pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico
Responsável da Clínica Ginelife.
Instagram: @dr.marcostcher
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