Falta de DIESEL? (des)COMPLICANDO
Ariel Farias/Camejo Comunicação para Rodoil
Declarações acerca de uma possível falta
de óleo diesel nos próximos meses no Brasil tomaram conta do noticiário,
inclusive com vídeos que mostram a situação dramática vivida em nosso país
vizinho, a Argentina, que vem sofrendo com este problema.
O que é real: o mundo está vivendo uma
crise energética, principalmente de óleo diesel e o Brasil não é
autossuficiente neste produto. De cada quatro litros consumidos no Brasil,
somente três são produzidos aqui, ou seja: precisamos importar 1/4 de todo
volume que consumimos.
Como consequência óbvia, o preço desta
molécula no mercado internacional disparou nos últimos meses. A Petrobrás,
responsável por mais de 90% da produção interna, não repassou a integralidade
destes aumentos. Atualmente temos uma defasagem de mais de R$ 1,00 entre o
preço internacional e o preço praticado pela Petrobrás.
Não vou entrar na discussão se a
Petrobrás deve ou não seguir a paridade internacional. Este assunto deve ser
tratado entre os conselheiros da empresa, que representam seus acionistas. O
problema neste momento é o abastecimento nacional.
Temos no Brasil dezenas de
distribuidoras que ao longo das últimas décadas levaram combustível a todos os
recantos do país de forma eficiente. Não será diferente nesta época de crise,
desde que tenhamos somente uma resposta: PREVISIBILIDADE.
Hoje, a Petrobrás divulga o que vai
disponibilizar de produto para o mês seguinte, somente 20 dias antes. Para
chegar um navio de combustível importado, desde a negociação até a descarga, os
distribuidores precisam de pelo menos 50 dias.
Vamos descomplicar: só precisamos de uma
maior previsibilidade. As distribuidoras privadas têm capacidade suficiente
para continuar abastecendo todo o país, seja com produto nacional ou produto
importado.
Roberto Tonietto
Presidente da Rodoil e do Sindicato das Distribuidoras de
Combustíveis do Rio Grande do Sul (Sindisul)
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