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A Diabetes , a Insulina NPH e Outros Diversos Tipos - Qual o Melhor Pra Você?

Saiba da Importância da Aplicação Correta da Insulina e Como ela Pode Salvar Vidas!

Levando em conta o número de diabéticos no Brasil e no mundo, que infelizmente só vem aumentando, é mais do que necessário que falemos sobre esse hormônio que é fundamental para essas pessoas: a insulina.

A insulina é uma substância produzida pelo nosso corpo quando ingerimos algum alimento que contenha carboidrato, seja doce ou salgado. A insulina NPH é uma medicação que simula uma das substâncias do nosso corpo e foi desenvolvido para a manutenção da glicemia estável no período entre as refeições, ou seja, ela serve para tratar os níveis de glicose no sangue. Como única representante das insulinas de ação intermediária, a NPH começa a agir entre 1 a 2 horas, em média, atingindo o seu pico de efeito entre 4-12 horas, podendo durar de 8 a 18 horas, embora, tem se observado uma duração de mais ou menos 8 horas e, nesse caso, ela precisa ser aplicada 3 vezes por dia. Este é o tipo de insulina mais comum e mais usado pelos brasileiros.

Trata-se de uma medicação que, por conter dentro dela uma substância leitosa, na hora do uso ela precisa ser movimentada de forma lenta, em torno de 20 vezes, para se homogeneizar, sendo aplicada em seguida conforme a dosagem adequada para cada caso. Se a dose aplicada for em excesso, a glicemia cai tanto que o paciente perde a consciência, podendo entrar em parada cardíaca.

Há outros tipos de insulina, como por exemplo a insulina Degludeca, que é indicado para o tratamento do diabetes mellitus em adultos, adolescentes e crianças com mais de 1 ano de idade, podendo ser usada em combinação com antidiabéticos orais, assim como outras insulinas de ação rápida. Além disso, a insulina degludeca é mais flexível com o horário, ou seja, o paciente não precisa ter necessariamente um horário fixo, ele pode aplicar no horário em que acordar, seja mais cedo ou mais tarde, e isso facilita a aplicação– Explica a Dra. Gabriela Iervolino, médica endocrinologista, titulada pela SBEM.

Inclusive há algumas insulinas para refeição. Uma especificamente mais moderna chamada FIASP, pode ser aplicada até 20 minutos depois da refeição, facilitando a aplicação e dando mais conforto ao paciente. Muitas vezes o diabético pode aplicar uma dose fixa ou ele pode contar os carboidratos ingeridos, aplicando exatamente a quantidade proporcional ao que ele está comendo.

Cada vez que ingerimos glicose, ou seja, alimentos que viram açúcar no sangue como doce, pão, arroz, massas entre outros, nosso corpo libera automaticamente a insulina, porém, há aqueles pacientes que não conseguem libera-la naturalmente, então é usada a insulina NPH ou outra insulina de longa ação que serve para tratar o diabetes, e quando a sua glicemia está muito alta ela ajuda a colocar a glicose dentro das células. Esta insulina serve tanto para o início do tratamento, quando paciente está muito descompensado (mas não necessariamente você vai usá-la pelo resto da vida), ou quando o paciente tem falência do pâncreas e, nesse caso, o paciente fará uso durante toda a sua vida - alerta a Dra. Gabriela Iervolino.

Todo paciente que faz uso da NPH precisa fazer a chamada “ponta de dedo”, que a gente chama de glicemia capilar ou dextro, antes das refeições e antes de dormir, para ver se o paciente ainda está precisando daquele medicamento; se precisa aumentar, diminuir ou suspender. O tempo de uso vai depender disso, podendo ser temporário ou por toda a vida. Lembrando que a pessoa que pratica atividade física acaba ficando mais sensível à insulina, podendo diminuir as doses por conta da prática ou até mesmo suspender a medicação.

Pessoas que estão em um episódio de hipoglicemia, que é a glicemia menor do que 70, não podem fazer uso desse tipo de insulina, senão ela vai piorar. A dose em excesso de insulina pode causar uma queda muito grande de açúcar no sangue, causando mal estar, sudorese, batimento cardíaco acelerado e fraqueza.

A NPH pode ser comprada em qualquer farmácia, além de ser disponibilizada no SUS, com receita, pois usada da maneira errada acaba sendo prejudicial à saúde. Para a aplicação, a agulha precisa estar na posição de 90°, não pode ser reutilizada, e a aplicação não pode ser feita perto do umbigo, o correto é fazer um rodízio de aplicação, por isso na foto que apresento para vocês cada lugar tem uma data – finaliza a Dra. Gabriela Iervolino.

 

CRÉDITO:

Dra. Gabriela Iervolino é Médica, Endocrinologista formada pela UNIFESP e FMABC, titulada pela SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
https://dragabrielaiervolino.com.br/
@dra.gabrielaiervolino

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