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Inspiração do Vale do Silício: as 6 principais tendências de inovação educacional

+A Educação e Instituto Caldeira visitaram as bigtechs Google, IBM, Zendesk, Amazon e Salesforce; as aceleradoras OneValley e Plug and Play; além das universidades de Stanford e Berkeley e trazem tendência de inovação que podem ser aplicadas na educação

Equipe que realizou a Missão Vale do Silício
Arquivo pessoal

Com o objetivo de fomentar e acelerar a inovação gerando conexões e oportunidades de negócios com bigtechs globais, foi realizada entre os dias 5 e 10 de junho uma missão ao Vale do Silício, berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, na Califórnia, EUA. O grupo de representantes de empresas do Rio Grande do Sul visitou as bigtechs Google, IBM, Zendesk, Amazon e Salesforce; as aceleradoras One Valley e Plug and Play; além das universidades de Stanford e Berkeley. A iniciativa é do Instituto Caldeira, entidade sem fins lucrativos de fomento ao ecossistema de inovação do estado, juntamente com a +A Educação, maior edtech para ensino superior e profissional da América Latina e uma das empresas fundadoras do instituto.

De acordo com Jackson Fernandes, gerente executivo de tecnologia e inovação da +A Educação, conhecer mais sobre a cultura das bigtechs, como se organizam e como estão se destacando auxilia nas práticas de inovação no Brasil, principalmente na área da educação. “A visita nos permitiu entender para onde estão olhando e o que valorizam; sobretudo no que diz respeito ao foco na experiência do cliente, segurança da informação, cultura horizontal; soft skills de liderança, assumir riscos e, por fim, a web 3.”

O diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, corrobora os apontamentos de Jackson e explica que a prerrogativa essencial que norteia o Vale do Silício é a colaboração, mesmo em um ambiente competitivo e que representa 34% do Venture Capital global. “Além da abundância de investimentos, observamos o foco absoluto na experiência do cliente, com a intenção genuína de identificar as suas dores, o que torna o polo tecnológico tão pujante na criação de novos negócios”, conta.

Na “Missão Vale do Silício” os executivos também visitaram as universidades de Stanford e Berkeley, berço dos líderes globais e instituições propulsoras de profissionais voltados para inovação e experienciaram a atmosfera de um ecossistema que valoriza e ambiciona estar efetivamente na liderança global da formação. “Percebemos que o ciclo da educação é retroalimentado: a universidade gera profissionais de alta competência para a sociedade e para o mercado e esses executivos criam corporações que, por sua vez, precisam de mais pessoas qualificadas”, explica Fernandes. Valério complementa: “O segundo ponto relevante foi uma conversa com o professor de Berkeley, Naeem Zafar, que trouxe uma perspectiva rica sobre os elementos que irão nortear a educação para os próximos anos”.

Durante a viagem ao Vale do Silício foi firmada parceria com a Salesforce com um programa de formação e capacitação para profissionais do Campus Caldeira, criando empregabilidade para jovens utilizarem essa plataforma dentro das empresas da comunidade do Instituto. Também estão sendo negociadas parcerias com as empresas OneValley e Plug and Play.

A iniciativa compõe uma série de visitas nacionais e internacionais a polos tecnológicos, aproximando empresários e empreendedores e oferecendo insights para que as empresas do Rio Grande do Sul sejam mais competitivas. A próxima missão será em Israel, ainda no segundo semestre de 2022. Também estão previstas viagens a São Paulo, Recife e Paraná. Em 2019 a Missão visitou a China.

6 principais tendências de inovação educacional

1 – Metaverso e educação reinventada:  a adaptação à pandemia acelerou o desenvolvimento de tecnologias educacionais com explosão de startups para atender as novas demandas. A classe educacional também ganha o papel de facilitadora do aprendizado, não apenas centralizando o conhecimento, mas usando múltiplas plataformas para promover uma experiência completa, com a sociedade, cada vez mais conectada com o conceito de lifelong learning. Com o crescimento da demanda por ensino híbrido, o desafio é proporcionar uma experiência integrada e imersiva e o metaverso é uma das ferramentas aliado ao uso de tecnologias como realidade virtual, aumentada, entre outras. No Vale do Silício, a tecnologia já está em estágio avançado com integração entre metaversos.

 2 – NFT e blockchain: as pessoas começam a ter domínio autoral dos conteúdos que produzem na web. A mudança deve fortalecer os produtores de conteúdo, mas também impactará a disseminação desses materiais. Esse item terá alto impacto na área da educação, onde grandes grupos já vislumbram mudanças e instituições privadas já começaram a criar plataformas e formatos.

3 – Web 3: a próxima revolução da internet se dará com a gestão descentralizada, trazendo ao usuário o controle sobre seu uso e melhorando a segurança de dados. Nesse contexto, espera-se também a descentralização do conhecimento com impacto na criação de novas instituições e cursos.

4 – Inteligência artificial (IA) e mudança no mercado de trabalho: o medo que existe hoje de perder posições operacionais para a IA perderá sentido com a substituição de atividades primárias por novos postos de trabalho, relacionados com a tecnologia. Com a população ficando cada vez mais longeva, o cenário de escassez de mão de obra se impõe e cria-se a necessidade de formar indivíduos em robótica e engenharia de software, por exemplo. O “boom” do ensino híbrido também estimula a aplicação da inteligência artificial dentro das salas de aula.

5 - “S” de ESG: soft skills para a liderança também estão na mira das universidades, com perfil de gestores facilitadores, coach, preocupado com o bem-estar das equipes, sem deixar de lado as habilidades técnicas. Foco em times menores com reforço da cultura horizontal e avaliação da capacidade cognitiva no recrutamento com “match” com a cultura organizacional é crescente nas empresas do Vale.

6 – Assumir riscos: Estimular a tomada de risco calculado é uma tendência, já que bons produtos e serviços foram criados com base em falhas. Inovar é investimento, não custo. Quem não entender isso estará fora do jogo, incluindo as instituições de ensino.

Sobre a +A Educação

A +A Educação é o único ecossistema de educação do país que integra soluções em conteúdo, tecnologia e serviços com propósito de expandir os horizontes do conhecimento. Está presente em mais de mil instituições de ensino, contribuindo para impactar mais de 5 milhões de estudantes. Fundada em 1973 por Henrique Kiperman em Porto Alegre (RS), a empresa iniciou sua trajetória como uma livraria especializada em saúde e depois se tornou a editora referência em publicações científicas, técnicas e profissionais, tendo publicado mais de 4 mil livros. Além disso, a +A Educação investe em tecnologia para oferecer educação continuada para profissionais de saúde, e atua como parceira estratégica de instituições de ensino superior, hospitais e operadoras de saúde, viabilizando sua transformação digital.  

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