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Preço e quantidade importada de óleos de combustíveis teve queda em junho

Leonardo Baltieri, cofundador da fintech de comércio exterior Vixtra, explica qual a relação entre preço e quantidade importada e como isso afeta os pequenos importadores brasileiros

Os últimos dados da Secretaria de Comércio Exterior demonstram que a importação de óleos de combustíveis teve uma queda no valor e quantidade importada de maio para junho, de 39.05% e de 46.27%, respectivamente. Comparando junho de 2021 e de 2022, houve um aumento de 47.39% no valor importado e uma redução de 27.89% na quantidade importada. No mês passado, o governo federal já tinha proposto reduzir o preço dos combustíveis até o final do ano e apresentou uma lista de países que optaram por baixar os tributos para enfrentar a alta de preços do petróleo na economia. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil produz 3 milhões de barris de petróleo por dia e consome 2,5 milhões, mas, ainda assim, precisa importar 30 mil barris por dia. Leonardo Baltieri, cofundador da Vixtra, fintech de comércio exterior, explica que a razão disso é porque algumas refinarias brasileiras não conseguem refinar alguns tipos de petróleo e, por isso, precisam continuar comprando combustível de fora do país e vendendo excesso de petróleo bruto não refinado.

“A baixa oferta e o preço alto inviabilizam a importação dos pequenos importadores e pode comprometer o abastecimento do país”, explica Baltieri. Em contrapartida, a falta de contêineres, bloqueio de portos e as eleições estão contribuindo para essa volatilidade. “Essa queda do valor e quantidade importada de óleos de combustíveis se trata do encarecimento de produtos e matérias-primas em decorrência dos fretes mais altos, falta de itens para produção e de outros produtos, como os combustíveis, por exemplo, que tiveram uma alta significativa nos últimos meses, mas que voltaram a cair por questões políticas”, diz Baltieri.

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