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A revolução do no-code: o futuro não tem código

* Por Léo Andrade, referência em low-code e no-code no Brasil 

 

Você certamente já ouviu falar que o futuro da tecnologia é a programação. Talvez até já tenha se sentido ameaçado ao ouvir que a inteligência artificial vai substituir a maioria dos trabalhos, e que para ter alguma chance como profissional é preciso aprender a programar – urgentemente. Mas e se eu te falar que o futuro do código é sem código, acreditaria?

 

Pelo menos é isso o que uma pesquisa da Gartner, importante empresa de consultoria, indica. De acordo com o relatório, até 2024 cerca de 65% dos softwares no mundo serão desenvolvidos a partir de low-code e no-code. Isso mesmo, mais da metade dos softwares serão feitos a partir de plataformas com interfaces de arrastar e soltar, que demandam pouco ou nenhum código. O que também significa que pessoas que não dominam as linguagens de programação poderão atuar como citizen developers, isto é, desenvolvedores não especializados.

 

O crescimento do no-code representa uma verdadeira revolução desde a sua origem. Até meados dos anos 2000, a internet era meio restrita, pouco visual e para desenvolver qualquer coisa era necessário o domínio de linguagens de programação supercomplexas (mais do que as que temos hoje). Isso sobrecarregava os desenvolvedores, porque eles ficavam presos a trabalhos repetitivos e relativamente simples, como a criação de sites. Esse serviço hoje pode ser feito facilmente por meio do WordPress e do Wix, por exemplo.

 

As plataformas low e no-code facilitaram o trabalho dos programadores, que agora podem realizar tarefas em menos tempo e focar em atividades mais complexas e criativas. Essas tecnologias permitiram ainda que mais pessoas com pouco ou nenhum conhecimento em código assumissem funções, aliviando a demanda e democratizando a criação na internet. Graças ao low-code e no-code hoje é possível criar sites, e-commerces, aplicativos e plataformas inteiras sem precisar digitar uma linha de código. Essa é a internet realmente para todos, como o seu fundador Tim Berners-Lee idealizou.

 

Então, se você se sentia ameaçado pela iminência do código, talvez agora seja a hora de embarcar no mundo no-code e se especializar. Afinal, mesmo sem código, o mercado é competitivo, dinâmico e exige sempre o melhor profissional.

 

*Léo Andrade é influenciador e especialista em tecnologia, referência em low-code e no-code no Brasil e autor dos e-books gratuitos A Revolução Low-code e Citizen Developers – e-mail: leoandrade@nbpress.com  

 

 

Sobre Léo Andrade  

Influenciador e especialista em tecnologia, Léo Andrade é uma das principais referências em low-code e no-code no Brasil. Formado em ciências da computação pela Universidade Santa Cecília e pós-graduado em engenharia de software, possui larga experiência como desenvolvedor. Atuou em projetos de grandes empresas como Vale, Itaú, HSBC, Santander e BTG Pactual. Além disso, liderou a equipe front-end em um projeto no Ministério de Saúde de Portugal, em 2018. É idealizador dos projetos Baixada Nerd, que reúne uma comunidade de entusiastas em tecnologia para realização de eventos na Baixada Santista, e do Clube Léo Andrade, escola virtual de tecnologia com profissionais em todo o país. Com vídeos e conteúdos na internet, compartilha dicas, informações e conhecimento sobre programação para mais de 35 mil pessoas todos os meses. Para mais detalhes, acesse: https://www.youtube.com/leoandradenet e https://leoandrade.net.

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